Economia

Minas atinge 10 GW em geração de energia solar fotovoltaica, o equivalente a 20% do País

Anúncio foi feito durante o 9º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída, o maior evento do gênero na América Latina
Minas atinge 10 GW em geração de energia solar fotovoltaica, o equivalente a 20% do País
Anúncio sobre energia solar fotovoltaica em Minas Gerais foi feito durante o 9º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída, o maior evento do gênero na América Latina | Diário do Comércio/ Juliana Sodré

Minas Gerais alcançou a marca histórica de 10 GW em operação da fonte de energia solar fotovoltaica, somando as grandes usinas de geração centralizada (GC) de energia, com 5,793 GW, e os pequenos e médios sistemas de geração própria: a geração distribuída (GD) em telhados e áreas de residências, condomínios, prédios públicos, comércios, indústrias e propriedades rurais, com 4,208 GW.

Vale lembrar que a geração centralizada são as usinas capazes de gerar acima de 5 megawatts (MW). Já a geração distribuída, são os sistemas que geram até 5 MW.

O novo marco mineiro de 10 GW corresponde a mais de 20% de toda a energia fotovoltaica produzida no Brasil, que chegou a 49,043 GW.

O anúncio foi feito pelo deputado Gil Pereira (PSD), presidente da comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), durante o 9º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD 2024), considerado o maior evento do gênero na América Latina.
Promovido pelo Grupo FRG Mídias & Eventos, o congresso acontece no Expominas, em Belo Horizonte, até quinta-feira (31).

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“Minas saiu na frente e os números demonstram a nossa liderança nacional. Resultado da luta que travei pela inovadora legislação mineira de incentivo ao setor, com leis de minha autoria, aprovadas na Assembleia, a primeira no País que isenta de ICMS usinas até 5 MW, beneficiando sistemas de pequeno e médio portes”, ressaltou Gil Pereira.

O deputado ressalta ainda os benefícios econômicos que o desenvolvimento do setor trouxe para o Estado. “São milhares de empregos, renda, energia limpa, aumento na receita dos municípios para saúde, educação, infraestrutura e apoio ao produtor rural”.

A edição de 2024 do congresso reúne as principais empresas e especialistas da área para debater tendências, avanços tecnológicos e estratégias de mercado para impulsionar a geração distribuída no Brasil.

Para o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída, Carlos Evangelhista, o congresso é uma demonstração do quanto o setor cresceu em sete anos.

“Temos aqui vários players de diferentes setores: instaladores, fabricantes, epecistas, consultorias, escritórios jurídicos, todos atuando de uma maneira direta ou indireta em geração distribuída e contribuindo para a transição energética do Brasil e do mundo”, disse.

Evangelhista lembra que, recentemente, o Brasil atingiu 33 GW de potência instalada só na geração distribuída.

“Isso significa duas Itaipus e meia de potência de fontes renováveis de energia. São mais de 3 milhões de sistemas instalados no Brasil inteiro pegando praticamente 100% dos municípios, e beneficiando 4,2 milhões de unidades consumidoras. Ao todo são R$ 140 bilhões de investimentos e a criação de mais de 850 mil empregos”, pontua.

Eventos apresentam novas tecnologias de geração de energia

Simultaneamente ao congresso acontece a 9ª Exposição de Geração Distribuída (Expo GD 2024) que reúne 100 expositores voltados para o setor. A expectativa de público é de 5 mil pessoas.

Juntos, os eventos são uma oportunidade para a demonstração das mais novas tecnologias de geração distribuída já desenvolvidas, e para a potencialização de negócios.

O CEO do Grupo FRG Mídias & Eventos, Tiago Fraga, comenta que tanto o CBGD quanto a Expo GD cumprem o papel de firmar e apresentar o setor de geração distribuída com fontes renováveis para o mercado.

Para ele, um mercado em que as oportunidades estão abertas não apenas para a micro ou mini geração, mas até mesmo para a geração centralizada.

“Com a abertura do mercado livre, temos, hoje, grandes oportunidades, principalmente para os integradores e para outros agentes do setor elétrico e do setor da energia solar. Temos também o armazenamento de energia que está vindo como uma grande oportunidade, os sistemas zero grid, os sistemas isolados, e tudo que o armazenamento de energia vai significar nessa nova etapa da forma de se produzir e de consumir energia”, conclui Fraga.

Programação é diversificada

O Congresso Brasileiro de Geração Distribuída traz uma programação extensa de palestras e especialistas para debater sobre o momento atual, as oportunidades e os desafios futuros da GD fotovoltaica no Brasil.

As tendências no setor de energias renováveis, as ferramentas e os diferenciais para o desenvolvimento do segmento também serão temas abordados.

No âmbito do meio ambiente, premissas de ESG e temas como créditos e a neutralização de carbono também serão abordados.

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