Minas confirma gripe aviária em aves ornamentais e decreta situação de emergência

O governo de Minas Gerais decretou, nesta terça-feira (27), Situação de Emergência Sanitária Animal após a confirmação de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) – a gripe aviária – em aves ornamentais em um sítio localizado em Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
Em nota, o governo garantiu que, até o momento, não há qualquer comprometimento da produção avícola mineira. A Seapa e o IMA reforçaram que as ações seguem protocolos internacionais e que estão intensificando o monitoramento, rastreio e controle sanitário em todo o Estado.
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Gripe aviária não é transmitida pelo consumo dos alimentos
“A transmissão da Influenza Aviária para humanos é rara e ocorre, em geral, apenas em casos de contato direto com grande carga viral ou em pessoas com baixa imunidade. A doença não é transmitida por alimentos, desde que bem cozidos”, diz o comunicado do governo.
Em vídeo divulgado para a imprensa, o vice-governador, Mateus Simões, garantiu que o governo estadual está tomando todas as medidas necessárias para evitar a contaminação das aves de uso comercial.
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“Quero dizer ainda à população que não há nenhum risco no consumo de carne, de aves ou de ovos. Não há risco de contágio humano a partir do consumo de carne ou de ovos. O risco existe para aqueles que convivem com as aves confinadas”, reafirmou.
Ele também pediu cautela para a população, destacando os risco de qualquer contato com uma ave morta. “Esse caso, volto a dizer, não chegou a nenhum dos grandes aviários do Estado. Ele é um caso de ave ornamental. O contágio, portanto, aconteceu pela passagem de aves migratórias. É um risco que, infelizmente, acontece”, ressaltou Simões.
Governo garante vigilância reforçada no combate à gripe aviária
Segundo o governo estadual, a medida é de caráter preventivo e visa garantir a adoção imediata de ações de contenção e enfrentamento à doença. Isso inclui a mobilização de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros, conforme diretrizes do Plano de Contingência da IAAP firmado em 2022.
O decreto da situação de emergência saiu em uma edição extra do Diário Oficial de Minas Gerais. Com validade de 180 dias, o documento destaca que as iniciativas serão realizadas em cooperação com o setor privado e órgãos públicos, seguindo as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e os protocolos sanitários previstos na legislação vigente.
Esse não é o primeiro registro da gripe aviária no Estado. Em 2023, um pato silvestre da espécie Cairina moschata foi diagnosticado com uma variante de baixa patogenicidade (H9N2). No entanto, trata-se da primeira ocorrência com o tipo mais agressivo do vírus da gripe aviária em Minas Gerais.
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