Minas Gerais acumula superávit de US$ 15,1 bilhões na balança comercial de 2025

A balança comercial de Minas Gerais registrou, entre janeiro e julho deste ano, saldo de US$ 25,4 bilhões em exportações, enquanto as importações somaram US$ 10,3 bilhões. O superávit, de US$ 15,1 bilhões em julho, foi impulsionado por Nova Lima, Araxá, Varginha, Paracatu e São Gonçalo do Rio Abaixo – municípios com os maiores índices de exportação no período.

Juntas, as cidades corresponderam por US$ 1 bilhão das vendas para outros países. Os dados foram disponibilizados pela Fundação João Pinheiro (FJP) a partir de divulgação da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic).

Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, liderou dentre as cidades mineiras que mais exportaram em julho, somando US$ 242,7 milhões. As comercializações do município, com destaque para minério de ferro e ouro, foram enviadas principalmente para a China e Reino Unido.

Na sequência, Araxá, no Alto Paranaíba, atingiu US$ 232,2 milhões exportados com enfoque no ferro-nióbio comercializado com a China. Já o café foi o responsável por impulsionar as exportações de Varginha, que somaram US$ 213 milhões em julho, tendo Alemanha, Estados Unidos e Japão como principal destino.

Paracatu, no Noroeste do Estado, exportou US$ 175,4 milhões na totalidade, com destaque para o ouro, enviado para Suíça e Canadá. Por fim, São Gonçalo do Rio Abaixo, na região Central, concentrou US$ 155,1 milhões em exportações, especialmente em minério de ferro, majoritariamente para a China.

Estado se destaca no País e China é o principal destino de produtos mineiros

Em julho, Minas Gerais foi o segundo maior exportador brasileiro com 11,5% de participação no comércio internacional do País, atrás apenas de São Paulo (21%). No Brasil, o superávit no mês atingiu US$ 7,1 bilhões – um acréscimo de 4,8% nas exportações e de 8,4% nas importações na comparação com julho do ano passado.

Dentre as commodities, o montante exportado de minério de ferro recuou 24,3% em valor e 7,1% em volume. Já o café apresentou aumento de 56,4% no montante exportado e retração de 10,5% em volume frente a julho de 2024.

Com relação aos destinos, a China lidera com participação total de 34,1% em valor, enquanto os Estados Unidos soma 11,3%.

Nas importações, a evolução acumulada de 13% foi reflexo do aumento das compras de produtos farmacêuticos, com avanços de 125,3%, seguido por químicos orgânicos (+39,8%) e máquinas e equipamentos mecânicos (24,6%). Em contrapartida, os setores de máquinas e equipamentos elétricos recuaram 14,5% e veículos automóveis, 4,6%. Juntos, os produtos citados corresponderam a 50,1% da totalidade em território mineiro.