Minas Gerais alcança 12,8 GW em potência de energia solar

Neste mês de setembro, Minas Gerais alcançou 12,8 gigawatts (GW) de capacidade em potência instalada para a energia elétrica produzida exclusivamente por fonte solar fotovoltaica. O recorde foi alcançado com a soma de 7,4 GW em Geração Centralizada (GC) e 5,4 GW em Geração Distribuída (GD). Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O valor é correspondente a 91,4% dos 14 GW em potência instalada da Usina Hidrelétrica (UHE) de Itaipu, a terceira maior UHE do mundo em capacidade de geração de eletricidade. A potência instalada da GC no Estado está em 203 usinas solares, enquanto a capacidade da GC é composta por mais de 397,2 mil unidades consumidoras (UCs) em território mineiro.
A potência instalada das usinas de energia solar fotovoltaica na geração centralizada em Minas Gerais corresponde por cerca de 39,2% da capacidade da GC de energia solar em todo o País. Já em relação à geração distribuída, a potência instalada das unidades mineiras de energia solar são responsáveis por 12,6% da capacidade total nesta modalidade no Brasil.
Ao todo, o Brasil reúne 61,9 GW de potência instalada para a geração de energia solar fotovoltaica na geração centralizada e distribuída. Os 12,8 GW de Minas Gerais correspondem, portanto, a 20,7% de toda a capacidade nacional para a produção de eletricidade por meio da fonte renovável proveniente dos raios solares.
Os dados mostram que o Estado continua como um dos protagonistas da energia solar no Brasil, afirma o coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bruno Catta Preta. Ele explica que Minas Gerais está localizada em uma área no País com os melhores índices solarimétricos, indicador que mensura a quantidade de radiação solar em um determinado local, sobretudo no Norte do Estado.
O Norte de Minas, aponta Catta Preta, conta ainda com grande disponibilidade de terras, com custo baixo, que contribuem para viabilizar grandes empreendimentos para energia solar. “Por conta do sol, que realmente castigava, a terra ali é improdutiva, não serve muito para a agricultura, pecuária, e o que era um problema – que era o sol – passou a ser uma solução, uma fonte de renda para as famílias e para as cidades, com a arrecadação de imposto através da energia solar”, comemora o coordenador estadual da Absolar.
Catta Preta destaca que o Estado carece de melhor infraestrutura energética para acompanhar a expansão da geração de energia solar, com mais linhas de transmissão e subestações de energia, mas ressalta que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) tem avançado nesta seara, ainda que, destaca o coordenador da Absolar, “não na velocidade que os empresários precisam para a gente desenvolver rapidamente”.
Ele pontua também os recentes leilões da Aneel como uma outra forma de impulsionar o desenvolvimento da infraestrutura energética em Minas Gerais, para que o Estado consiga escoar a produção de energia sem intercorrências. Nos últimos anos a agência reguladora realizou os maiores leilões da sua história, em que Minas foi um dos Estados contemplados com novos linhões e subestações de energia.
O deputado estadual Gil Pereira (PSD), presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), destaca que das dez maiores plantas fotovoltaicas do País, cinco estão no Norte de Minas, sendo a maior na cidade de Janaúba.
“Somos referência em energia limpa, com mais empregos criados, renda, infraestrutura e sustentabilidade. Crescimento e liderança nacional que alcançamos com trabalho incansável e leis de minha autoria, para incentivo às usinas de pequeno, médio e grande portes”, ressaltou o parlamentar.
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