Economia

Minas Gerais avança 42% no valor de incorporações, segundo IBGE

Trata-se do maior avanço em dez anos no Estado, considerando valor, obras e serviços da construção
Minas Gerais avança 42% no valor de incorporações, segundo IBGE
Crédito: Diário do Comércio / Alessandro Carvalho

Minas Gerais vem se destacando entre os estados com maior avanço no valor de incorporações. Os dados obtidos pela Pesquisa Anual da Indústria da Construção 2022 (Paic), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o Estado liderou o ranking entre os que mais cresceram no período de 2013 a 2022, com evolução de 42%, além de figurar entre os melhores do Sudeste ao considerar diferentes variáveis.

Segundo o levantamento, este foi o maior avanço em dez nos de Minas Gerais, considerando o valor das incorporações, obras e serviços da construção. Os números mostram ainda que o crescimento foi expressivamente maior que as outras unidades da federação do Sudeste.

Para o analista da pesquisa, Marcelo Miranda, a indústria da construção foi crucial para todo esse cenário. “Com a retomada gradual das atividades econômicas e a demanda por moradia permanecendo estável, o segmento se mostrou resiliente, contribuindo para a geração de empregos e o impulsionamento de outros setores relacionados, como o de materiais de construção e o de infraestrutura”, argumenta.

Entretanto, Miranda acrescenta que ainda existem desafios que são persistentes, como a inflação elevada e a volatilidade dos preços de insumos, que afetaram a cadeia produtiva da construção. “O aumento dos preços de materiais, como aço, cimento e madeira, pressionou os custos de construção, tornando projetos mais caros e impactando os consumidores finais”, analisa.

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Medidas de incentivo foram cruciais para crescimento

Além do avanço de políticas públicas voltadas para a construção civil, o analista reforça que medidas de incentivo, como investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais e programas educacionais foram fundamentais para estimular o setor, impulsionando, assim, o crescimento econômico da região.

“Assim, em 2022, a ligação entre a conjuntura econômica brasileira e o setor da construção ficaram evidenciados por políticas integradas e estratégias que visavam ao fortalecimento do mercado imobiliário e da infraestrutura nacional”, conclui Miranda.

Destaques observados na pesquisa

  • 174,7 mil empresas de construção empregavam 2,3 milhões de pessoas em 2022. Frente a 2021, o número de empresas cresceu 17,9%, maior variação desde 2013;
  • O valor gerado em incorporações, obras e/ou serviços da construção pelo setor de construção, em termos nominais, chegou a R$ 439 bilhões;
  • Dos R$ 415,6 bilhões investidos em obras e serviços, 69,8% foram provenientes de contratações por pessoas físicas e/ou entidades privadas;
  • Em dez anos, houve queda de 21,9% nos postos de trabalho com decréscimo de 650,4 mil empregos.

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