Minas Gerais criou 25,9 mil vagas de trabalho em abril, diz Caged
Minas Gerais encerrou abril com saldo positivo de 25,9 mil vagas de trabalho com carteira assinada, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os números foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Todos os cinco grandes setores da economia mineira apresentaram superávit no período. O principal destaque foi o setor de serviços, com a abertura de 12,8 mil empregos. Na sequência, ficaram: construção (5,1 mil), indústria (3,7 mil), agropecuária (2,1 mil) e comércio (2,1 mil).
Analisando as atividades, o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos Silva, ressalta que a agropecuária tem sido um motor para a geração de empregos no Estado. Ele diz que a força do setor está relacionada às expectativas de boas safras no segundo semestre, especialmente de café, já impulsionando a contratação no início do ano.
A indústria também é destacada pelo especialista. Ele explica que o desempenho do setor em Minas Gerais estava abaixo da média nacional, mas houve uma reversão dessa tendência no quarto mês de 2024, com a atividade recuperando sua capacidade de gerar vagas de trabalho.
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Silva também pontua sobre o setor construtivo, que representa aproximadamente 20% dos empregos formais criados no Estado. De acordo com ele, já é possível observar uma recuperação da atividade após passar pelos períodos tradicionalmente fracos de fim e começo de ano, e em razão das reduções da Selic, visto que a construção é fortemente impactada pelas taxas de juros.
2º melhor resultado para abril e entre os estados
O desempenho do mercado de trabalho de Minas Gerais no último mês representou a segunda melhor performance para abril, desde 2020, quando a nova série histórica do Caged começou.
O resultado apurado no Estado também foi o segundo maior em todo o Brasil, atrás somente de São Paulo, que gerou 76,3 mil vagas. Apenas Alagoas (-1,6 mil) e Pernambuco (-1,1 mil) registraram saldos negativos no intervalo. No País, foram criados 240 mil empregos.
Saldo de vagas acumulado no quadrimestre
Os dados publicados pelo governo federal ainda mostram que, no acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, Minas Gerais criou 114 mil postos formais de trabalho.
As cinco principais atividades econômicas fecharam o período com saldo positivo. O setor de serviços, com 58,2 mil vagas, foi o grande gerador de empregos no intervalo, seguido por: indústria (21,7 mil), construção (18,4 mil), agropecuária (14,3 mil) e comércio (1,4 mil).
Entre as unidades federativas brasileiras, o resultado do Estado foi o segundo maior, novamente atrás de São Paulo, com a abertura de 288 mil vagas nos primeiros quatro meses do ano. Na outra ponta, somente Alagoas registrou déficit (-13,2 mil). No Brasil inteiro, o saldo acumulado de empregos atingiu 958,4 mil.
Perspectivas para os próximos meses
O mercado de trabalho de Minas Gerais deve seguir aquecido nos próximos meses. De acordo com o economista chefe do BDMG, as expectativas são otimistas para o Estado.
“As perspectivas são positivas porque temos um cenário macroeconômico bastante favorável, condições propícias para o crescimento em Minas Gerais e taxas de desemprego próximas das mínimas históricas no Estado e no Brasil, acompanhadas de um rendimento real crescente, o que significa que, além de estar empregadas, as pessoas estão ganhando mais na média”, afirma.
Para Silva, esse cenário vai ao encontro de uma economia pujante, com bom desempenho em todos os setores. Ele enfatiza que a agropecuária, especialmente com a safra de café, deve continuar exigindo um volume alto de contratações, que a indústria está se recuperando, e que as atividades de comércio e serviços sempre registraram fortes desempenhos no Estado.
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