Minas Gerais criou quase 16 mil vagas formais de emprego em setembro

Em setembro deste ano, Minas Gerais criou 15,8 mil vagas de emprego com carteira assinada, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo positivo decorreu de 229,8 mil admissões e 214 mil desligamentos.
De acordo com os números divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), quatro das cinco grandes atividades da economia contrataram mais do que demitiram no mês.
A liderança na geração de empregos ficou com o setor de serviços (12,7 mil). Na sequência, ficaram: comércio (5,7 mil), indústria (4,4 mil) e construção (1,2 mil).
Por outro lado, a agropecuária fechou 8,3 mil postos de trabalho formais no período. Pelo terceiro mês consecutivo, a atividade foi a única a realizar corte de vagas no Estado.
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Veja, a seguir, algumas vagas de emprego abertas neste momento em Minas Gerais:
- Grupo Supernosso: 500 vagas
- Grupo Carrefour: 180 vagas
- Patrus Transportes: 175 vagas
- Outback: 60 vagas
O economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos da Silva, destaca que, em setembro, houve um avanço na criação de vagas nos serviços de administração pública decorrente do período de eleições e de nomeações de concursos.
Ele também ressalta os empregos gerados na indústria de transformação, que está subindo devido a uma recuperação do setor após uma performance ruim no primeiro semestre.
O especialista sublinha ainda a aceleração do mercado de trabalho no setor de construção associado a dois fatores. O principal é a retomada das obras de infraestrutura no Estado. O segundo, com efeito marginal, é o impacto das obras nos centros urbanos, relacionadas ao mercado imobiliário, como reformas ou construção de casas e apartamentos.
Sobre o saldo negativo da atividade agropecuária, Silva explica que era esperado, uma vez que tem relação com a sazonalidade, e foi até menos intenso do que aguardavam. Ele diz que, em geral, as principais safras do agro mineiro já foram colhidas, o que reflete no desligamento nos meses seguintes de pessoas contratadas de forma temporária.
Projeção é de que sejam criadas 45 mil vagas no último trimestre em Minas
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, Minas Gerais abriu um total de 204,2 mil vagas de emprego com carteira assinada, segundo os dados do Caged.
Neste caso, todos os setores tiveram superávits. A ordem foi essa: serviços (102,7 mil), indústria (40,6 mil), construção (27,6 mil), comércio (20,7 mil) e agropecuária (12,6 mil).
Na avaliação do economista-chefe do BDMG, os próximos meses também devem ser positivos para o mercado de trabalho do Estado em virtude da sazonalidade do período.
“Para os próximos meses, a expectativa é muito positiva. Temos uma sazonalidade de final de ano que gera um aumento na contratação de temporários”, afirma.
“Esperamos que Minas Gerais encerre 2024 com aproximadamente 250 mil postos formais de trabalho gerados. Então, a nossa estimativa é de geração de mais ou menos 45 mil vagas no último trimestre do ano”, conclui Izak Carlos da Silva.
Em boletim da Gerência de Economia e Finanças Empresariais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) o mesmo otimismo é observado.
Os analistas da entidade afirmam que as perspectivas para os próximos meses são de manutenção de um bom ritmo de geração de postos formais de trabalho.
“O aumento do poder de compra da população, resultado de um mercado de trabalho resiliente, das transferências governamentais às famílias e do aumento real do salário mínimo, colabora com esse cenário”, destacam.
“Além disso, o início das contratações sazonais para o período de final de ano deve contribuir para um aquecimento adicional do mercado de trabalho em outubro”, ressaltam.
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