Ministro afirma que os aportes no setor elétrico de MG podem chegar a R$ 28,8 bilhões nos próximos 5 anos
O setor de energia de Minas Gerais deve receber R$ 28,8 bilhões em investimentos nos próximos anos. Conforme o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a previsão do governo federal é que sejam aportados, até 2030, R$ 8,8 bilhões em energia solar no Estado, gerando 21,8 mil empregos. E para garantir o escoamento da produção, a União contratou R$ 20 bilhões para a construção de linhas de transmissão, que criarão 40 mil vagas.
“Minas Gerais tem tudo para se destacar na transição energética e ser um exemplo para o País. Nosso Estado possui a maior capacidade instalada para geração de energia solar do Brasil. Um terço de todo o potencial brasileiro está em terras mineiras”, destaca.
A pujança da área solar em Minas Gerais pode ser observada em números, como mencionado pelo ministro. Em 2024, 81 usinas geradoras de energia entraram em operação comercial no Estado, acrescentando 3,2 gigawatts (GW) de potência ao Sistema Interligado Nacional (SIN), sendo que 75 delas são fotovoltaicas e geram, ao todo, 3 GW.
Minas Gerais foi a unidade federativa que teve o maior crescimento em produção de energia no acumulado dos 12 meses, de acordo com os dados compilados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O resultado mineiro ajudou o Brasil a expandir a matriz elétrica em 10,9 GW no período, um recorde na série histórica da autarquia, iniciada em 1997.
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De acordo com o ministro, o desempenho do setor de energia em Minas Gerais e no País é fruto das políticas públicas desenvolvidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para o fortalecimento do setor elétrico, principalmente com fontes renováveis.
“Temos trabalhado para garantir a expansão de nossa matriz elétrica, principalmente por meio de fontes renováveis, como é o caso da energia solar. Com isso, temos conseguido atrair grandes investimentos para Minas Gerais e para o Brasil, gerando também milhares de empregos e ajudando no crescimento da nossa economia”, afirma.
“O sol, que antes era motivo de problemas com a seca, principalmente no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, hoje impulsiona o desenvolvimento dessas regiões com grandes usinas fotovoltaicas”, ressalta o ministro de Minas e Energia.
Recorde de usinas instaladas
O ano de 2024 também quebrou recorde quanto ao número de usinas instaladas tanto em Minas quanto no Brasil, conforme uma plataforma da Aneel, com dados desde 2014.
O volume de empreendimentos que entraram em operação comercial no Estado no exercício passado foi bastante superior aos de anos anteriores. Para se ter uma ideia, o maior já registrado havia sido em 2023, quando 41 novas plantas entraram em funcionamento.
No Brasil, ocorreu algo parecido. Começaram a operar 301 usinas em 16 unidades federativas, uma alta ante as 290 do exercício imediatamente anterior, que era o recorde. Desse total, 147 são usinas solares, adicionando 5,6 GW de potência ao SIN.
Projeção para 2025
Para este ano, a Aneel já tem previsto a instalação de 188 usinas no Brasil, que vão ampliar a matriz elétrica brasileira em 9,9 GW, sendo 81 solares, e, em Minas Gerais, a entrada em operação comercial de 28 usinas, com, ao todo, 1,2 GW de potência, e todas solares.
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