Minas Gerais deve ter alta de 30% em lançamento de loteamentos e condomínios

O mercado de loteamentos e condomínios fechados em Minas Gerais deve registrar uma alta de 30% a mais no número de lançamento de loteamentos e condomínios fechados em 2024. Além disso, a estimativa é de que neste ano o segmento imobiliário registre um avanço de 20% em vendas na comparação com o ano passado.
Tamanho otimismo para este ano se deve ao bom resultado que o mercado de loteamentos registrou em 2023.
As informações são de uma pesquisa recente conduzida em 30 localidades do Estado, que representam aproximadamente 40% da população mineira e 55% do Produto Interno Bruto (PIB).
O estudo foi encomendados pela Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano de Minas Gerais (Aelo-MG) em conjunto com o Sindicato da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), a Câmara do Mercado Imobiliário, o Sindicato da Habitação de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG) e a Consultoria Brain.
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Veja alguns números sobre o mercado no Estado:
- Minas Gerais obteve um avanço de 72,5% no Valor Bruto de Vendas (VGV) em 2023, frente a 2022.
- A comercialização durante todo o ano foi de 10.767 terrenos.
- As transações totalizam um pouco a mais de R$ 2 milhões em VGV;
- O montante de vendas representa uma queda de 1% em relação a 2022.
Conjuntura política e econômica pode influenciar projeções?
Segundo o levantamento, mesmo que exista um certo otimismo em relação ao cenário futuro de lançamento e venda de loteamentos e condomínios no Estado, a conjuntura política e econômica pode influenciar essas projeções.
A escassez de estoque, com menos de 12 meses de disponibilidade, pode resultar, de acordo com o CEO da Construir Loteamentos, Flávio Guerra, em um mercado imobiliário mais inflacionado e até mesmo em escassez de terrenos, caso não ocorram lançamentos significativos nos próximos trimestres.
Segundo ele, a principal razão para a diminuição nos lançamentos seria a burocracia e a lentidão nos processos de aprovação e licenciamento ambiental no Estado.
Acesso a crédito pode frear buscas
O palestrante especialista em mercado imobiliário, Eduardo Luiz, que também é CEO do AluOk, plataforma de gestão de imóveis no País, avalia o cenário.
“Quando o assunto é o loteamento, existe demanda, mas o acesso ao crédito e as conjunturas macroeconômicas acabam por frear essa busca. O que vamos assistir, em breve, são loteamentos muito nichados e com características de entrega de serviços e facilities. Isso, sim, a meu ver, terá mercado e procura, principalmente se estes loteamentos estiverem próximos a grandes centros”.

O especialista ainda faz uma observação sobre este mercado: “Existe uma pesquisa recente da ONU que reporta que temos cerca de 90% da população brasileira vivendo nos grandes centros, e que isso pode ser ainda maior quando projetado até 2050, o que, se verdadeiro, elevará ainda mais a busca por mais espaços e oportunidades de moradias. E o loteamento é a base para que isso seja desenvolvido“, conclui.
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