Economia

Minas Gerais possui 3 das 10 maiores centrais de negócios do varejo brasileiro; veja ranking

O Estado conta com 11 redes no Ranking de Redes e Associações de Negócios que, juntas, somaram R$ 18,269 bilhões de faturamento bruto em 2023
Minas Gerais possui 3 das 10 maiores centrais de negócios do varejo brasileiro; veja ranking
Foto: Supermercados Rena / Google Maps / Reprodução

Minas Gerais possui três redes entre as dez maiores centrais de negócios do varejo supermercadista no Brasil. É o que aponta a 24ª edição do Ranking de Redes e Associações de Negócios, elaborado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

No geral, as 11 redes associativistas mineiras presentes no ranking somaram um faturamento bruto de R$ 18,269 bilhões ao longo de 2023. Dentre elas, apenas cinco associações apresentaram faturamento superior a R$ 1 bilhão no período.

De acordo com o levantamento realizado pelo departamento de economia e pesquisa da Abras, as centrais de negócios com sede em Minas reuniram 902 empresas no último ano, de diferentes tamanhos, e fecharam o período operando um total de 1.104 lojas e empregando mais de 30 mil funcionários.

A maior rede deste segmento em Minas Gerais é a Smart Supermercados, marca ligada ao grupo Martins. Ao longo do último exercício ela registrou R$ 6,747 bilhões de faturamento bruto e ocupa a quinta posição no ranking nacional. A bandeira possui 424 empresas associadas, cada uma operando uma única loja.

Vale ressaltar que a rede Smart é a única central de negócios mineira da lista presente em outros estados brasileiros, como Goiás e Bahia. No total, as 424 unidades da marca somaram 1,165 milhão de metros quadrados (m²) de área de vendas e 2.566 check-outs, mais conhecidos como “caixas”. Já o número de funcionários não foi informado.

Loja da rede Smart Supermercados.
Foto: Site do grupo Martins Atacado / Reprodução

Em seguida aparece a Associação Hipervalor Varejista, com faturamento bruto de R$ 3,950 bilhões em 2023. Dessa forma, ela é a segunda maior rede associativista do Estado e a sexta do País. Vale lembrar que a expectativa da associação para este ano é elevar essa valor em 15% e alcançar o montante de R$ 4,5 bilhões de faturamento.

A central de negócios é formada por sete redes supermercadistas que, juntas, fecharam o último exercício com 112 operações e 11.150 colaboradores. Além disso, ela registrou um total de 131,08 mil m² de área de vendas e 1.135 check-outs em funcionamento.

Fechando a lista de centrais mineiras presentes no “Top 10 Nacional” está a rede Mini Preço Supermercado, com faturamento bruto de R$ 2,349 bilhões e ocupando a décima posição no ranking.

Em 2023, a rede de supermercados independentes atingiu a marca de 199 associados; 231 lojas; mais de 144,3 mil m² de área de vendas e 953 caixas em operação. Além disso, a bandeira também contava com 5.609 funcionários.

Apesar de não estar entre as dez maiores centrais de negócios do País, a Associação Supervarejista de Minas Gerais também apresentou um bom desempenho ao longo do último ano. As 101 empresas associadas à rede somaram um faturamento bruto de R$ 1,525 bilhão no período.

Ao todo, a bandeira possui 101 lojas, que somadas, contavam com 70,6 mil m² de área de vendas e 675 check-outs, além de mais de 5 mil colaboradores em 2023.

Outra central de negócios mineira que também superou a barreira do R$ 1 bilhão de faturamento bruto no ano passado foi a Rede Ilustre Supermercados, com montante de R$ 1,146 bilhão. No último exercício, ela reuniu 43 empresas, cada uma com uma unidade e 2.243 colaboradores. As lojas da marca somaram 900 m² de área de vendas e 302 caixas em operação no período.

Demais centrais de negócios de Minas Gerais presentes no ranking

Rede União de Supermercados:

  • Faturamento Bruto em 2023: R$ 950 milhões;
  • Nº de empresas: 27;
  • Nº de lojas: 55;
  • Nº de check-outs: 200;
  • Área de vendas: Não informado;
  • Nº de funcionários: 2.000.

Associação SuperMais de Varejo:

  • Faturamento Bruto em 2023: R$ 927.028.344;
  • Nº de empresas: 13;
  • Nº de lojas: 32;
  • Nº de check-outs: 266;
  • Área de vendas (m²): 31,5 mil m²;
  • Nº de funcionários: 2.694.

Rede de Supermercados Independentes GiroForte:

  • Faturamento Bruto em 2023: R$ 310 milhões;
  • Nº de empresas: 18;
  • Nº de lojas: 26;
  • Nº de check-outs: 142;
  • Área de vendas: 15,6 mil m²;
  • Nº de funcionários: 670.

Cergran Central de Supermercado Rio Grande:

  • Faturamento Bruto em 2023: R$ 235 milhões;
  • Nº de empresas: 23;
  • Nº de lojas: 23;
  • Nº de check-outs: 100;
  • Área de vendas: 11 mil m²;
  • Nº de funcionários: 700.

Associação Rede Via Real de Supermercados:

  • Faturamento Bruto em 2023: R$ 89 milhões;
  • Nº de empresas: 10;
  • Nº de lojas: 13;
  • Nº de check-outs: 60;
  • Área de vendas: 6 mil m²
  • Nº de funcionários: 350.

Associação de Supermercados da Zona da Mata:

  • Faturamento Bruto em 2023: R$ 29,57 milhões;
  • Nº de empresas: 37;
  • Nº de lojas: 44;
  • Nº de check-outs: 161;
  • Área de vendas: 17.266 m²;
  • Nº de funcionários: 871.

Cenário nacional das centrais de negócios do varejo supermercadista

A pesquisa realizada pela Abras contou com a participação de 59 redes e centrais de negócios que atuam no segmento supermercadista no Brasil. Ao todo, elas reuniram 2,17 mil empresas e somaram R$ 121,368 bilhões de faturamento bruto em 2023. Esse grupo também registrou um total de 4.347 lojas em operação no mercado nacional e mais de 253 mil funcionários atuando nestas unidades.

Corredor de um supermercado em Minas Gerais.
Foto: Alessandro Carvalho/Diário do Comércio

Além das três redes mineiras, o Top 10 Nacional também conta com outras três centrais com sede em São Paulo e as demais distribuídas por Rio de Janeiro, Santa Catarina, Ceará e Espírito Santo. Inclusive, as três redes paulistas ocupam o topo da lista das maiores centrais de negócios do País.

O estudo também revelou os principais motivos que levam as varejistas a formarem uma associação deste tipo. A melhoria do relacionamento e das negociações com os fornecedores foi o mais citado, com 12% dos entrevistados. Em seguida, aparecem o aumento das vendas e a redução de custos, ambos empatados com 11%.

Dentre as empresas respondentes no levantamento, 72% possuem um centro de distribuição (CD), com uma área média de 6.296 m². Além disso, mais da metade (52%) operam sob apenas uma bandeira.

A maioria (74%) das redes associativistas está constituída sob o modelo sem fins lucrativos e 88% das lojas associadas são sociedades de responsabilidade limitada. Para a manutenção da central de negócios, 41% adotam o pagamento de mensalidade, 30% utilizam a bonificação de empresas e 18% partem para lucratividade na negociação.

Top 10 das maiores centrais de negócios do varejo supermercadista no Brasil:

  1. Rede Brasil – R$ 32,335 bilhões;
  2. Rede São Paulo de Supermercados Associados – R$ 16,316 bilhões;
  3. União de Redes Brasil – R$ 9,679 bilhões;
  4. Supermercados Associados do Estado do Rio de Janeiro (Saerj) – R$ 8,414 bilhões;
  5. Smart Supermercados – R$ 6,747 bilhões;
  6. Associação Hipervalor Varejista – R$ 3,950 bilhões;
  7. Associação Rede Premium de Supermercados – R$ 3,635 bilhões;
  8. Rede Uniforça Supermercados – R$ 3,287 bilhões;
  9. Central de Compras do Brasil (CCB) – R$ 2,400 bilhões;
  10. Mini Preço Supermercado – R$ 2,349 bilhões.
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