Minas Gerais pode ganhar fábrica para produção de painéis solares

Minas Gerais negocia a instalação de uma fábrica para produção de painéis solares. De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, caso o investimento seja concretizado, representará um movimento histórico, já que praticamente apenas a China produz esse tipo de equipamento.

“É um mercado novo”, disse sem maiores detalhes durante café com a imprensa para apresentação do balanço de aportes atraídos pelo governo mineiro nos últimos anos.
O Estado é líder no ranking nacional em geração de energia solar, com 21,47% de participação.

Tamanha pujança do setor, que desde 2019, já foram atraídos R$ 80,9 bilhões de aportes privados na área, o que gerou cerca de 8 mil empregos, entre diretos e indiretos.

Tanto que, nesta semana, atingiu a marca de 11 GW de potência instalada em operação em Minas Gerais, resultado no mesmo patamar da usina de Belo Monte, que tem 11,2 gigawatts (GW) de capacidade instalada.

“Já temos na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mais 30 GW em homologação”, destacou Passalio. Ele disse acreditar que é possível chegar a 50 GW, já que “está andando rápido” o desenvolvimento desse setor.

Investimentos privados em Minas Gerais

Durante o evento nesta quarta-feira (18) a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) divulgou um balanço que mostra que Minas Gerais atingiu a marca de R$ 458,27 bilhões em investimentos privados atraídos desde janeiro de 2019.

Ao todo, são 869 projetos de 43 setores, espalhados por 291 municípios de diversas regiões do Estado. Em razão dos aportes, a estimativa é de cerca de 450 mil empregos gerados, entre diretos e indiretos.

O crescimento acumulado dos investimentos de 2019 até o fim de 2024 representa, em média, quase R$ 80 bilhões de aportes por ano, enquanto que de 1998 a 2018, a média era de R$ 11 bilhões por ano.

Em 2024 até novembro, os aportes chegam a R$ 70,3 bilhões. Em todo ano de 2023, o governo mineiro chegou a marca de R$ 114,4 bilhões em volume de investimentos privados atraídos, até então um recorde histórico desde 1998, quando foi adotada essa metodologia de medição.