Economia

Minas Gerais pode receber aportes da chinesa Huawei

Minas Gerais pode receber aportes da chinesa Huawei
Crédito: REUTERS/Stringer

Num movimento para ampliar parcerias, o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão Suchodolski, informou que a instituição está em negociação com grupos chineses.

Na sexta-feira (5), quando chegou da China, onde participou do Encontro de Verão do Fórum Econômico Mundial, ele declarou ao DIÁRIO DO COMÉRCIO que o BDMG pode se tornar um parceiro estratégico para operações no Brasil do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AAIB, em inglês).

Além disso, ele afirmou que mantém reuniões com a empresa Huawei, para possíveis investimentos em Minas. Um novo encontro com a empresa deve ser realizado ainda este mês.

“Existem conversas para investimentos em Minas, sobretudo na área de internet das coisas e em áreas fortemente influenciadas pelo 5G. São conversas densas, que exigem tempo, mas que estão em andamento. Reuniões estão ocorrendo”, afirmou.

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A Huawei é uma multinacional com sede na China, que atua fortemente na área de celulares e tecnologia da informação (TI), sendo a maior fornecedora de equipamentos para redes e telecomunicações do mundo.

Além das negociações com o AAIB, o BDMG também participou de reuniões Banco de Desenvolvimento da China e Banco Industrial e Comercial da China, ambos interessados em firmar protocolo de intenções com a instituição mineira.

“A gente deu um pontapé importante com essas instituições para poder concretizar investimentos em linhas de financiamento aqui para poder relançar a economia do Estado”, declarou Gusmão. Ele não revelou possíveis valores de investimentos porque as conversas estão “do início para o meio”, mas afirmou que os números serão revelados “em breve”.

Gusmão explica que o AAIB é um banco multilateral, criado em 2015, do qual do Brasil é sócio, e que conta com US$ 100 bilhões na estrutura de capital integralizado.

“Foi sinalizado pelo vice-presidente de estratégia (do AAIB) o interesse em ter uma parceria com o BDMG. Que o BDMG seja um parceiro estratégico para operar no Brasil”, informou. Representante da instituição financeira deve visitar a sede do BDMG, em Belo Horizonte, em setembro ou outubro deste ano.

O presidente também recebeu uma sinalização positiva do Banco de Desenvolvimento da China, considerado o maior banco de desenvolvimento do mundo, com carteira de mais de US$ 1,4 trilhão, com escritório no Brasil.

“Fui recebido por toda a cúpula do banco que trabalha com a América Latina e Brasil. Também há disposição em trabalhar conosco, inclusive com disposição de assinar memorando de entendimentos para a gente começara a ter programa de trabalho com eles”, informou Gusmão.

O presidente do BDMG também se reuniu com diretores do Banco Industrial e Comercial da China. A instituição tem presença no Brasil e também se dispôs a assinar um memorando de entendimento para ter o BDMG como parceiro para desenvolver carteira em Minas Gerais.

Sérgio Gusmão Suchodolski destacou a importância do Fórum Davos de Verão, que contou inclusive com pronunciamento do premiê chinês, Li Kegiang. O Fórum Davos de Verão foi estabelecido em 2007 pelo Fórum Econômico Mundial e ocorre anualmente na China.

Ele chegou na sexta-feira (5) e, no mesmo dia, participou, em Belo Horizonte, na Fundação João Pinheiro, da divulgação dos dados sobre o Produto Interno Bruno (PIB) mineiro.

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