Minas Gerais produz 920 mil toneladas de aço em outubro

As siderúrgicas de Minas Gerais produziram, em outubro, 920 mil toneladas de aço bruto, volume que representa um aumento de 25,3% sobre o mesmo período do ano passado, quando foram produzidas 734 mil toneladas, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil.
No acumulado desde janeiro, a produção da siderurgia mineira chegou a 8,6 milhões de toneladas de aço bruto, alta de 12,1% em relação a igual intervalo de 2023 (7,7 m/t).
Em ambos os casos, Minas Gerais liderou a fabricação de aço bruto entre as unidades da Federação. A quantidade fabricada no Estado, no mês, correspondeu a 29,9% do total nacional, enquanto, na somatória do ano, representou 30,3%. Nas duas comparações, o Rio de Janeiro ficou na segunda posição, seguido pelo Espírito Santo e São Paulo.
No Brasil inteiro, as usinas siderúrgicas produziram, no décimo mês, 3,1 milhões de toneladas, volume que subiu 16,2% frente ao mesmo intervalo do ano passado (2,6 m/t).
No acumulado de dez meses, a produção da siderurgia brasileira atingiu 28,4 milhões de toneladas, crescimento de 6% no confronto com igual período do último ano (26,8 m/t).
Semiacabados para venda e laminados
Conforme o Aço Brasil, em outubro, a siderurgia mineira fabricou 821 mil toneladas de semiacabados para venda e laminados, o que equivale a uma queda de 1,8% ante outubro de 2023 (836 mil/t). Apesar da baixa, o Estado foi líder nacional, com 28,7% de participação.
Na somatória de dez meses, a produção das usinas de Minas Gerais chegou a 7,8 milhões de toneladas, quantidade similar à apurada em igual intervalo do último ano e que representa 28,7% do total produzido no País, o maior percentual entre as unidades federativas.
Importações de aço até outubro ultrapassam o volume de todo o ano de 2023
As importações brasileiras de aço, no décimo mês de 2024, somaram 597,7 mil toneladas, um aumento de 41,3% na comparação com o mesmo mês do exercício anterior (423 mil/t). A maior parte do volume importado, 60,2%, ou 371,8 mil toneladas, foi oriunda da China.
No acumulado de janeiro a outubro, 5,2 milhões de toneladas de aço foram compradas pelo Brasil do exterior, o que representa alta de 25,8% em relação a igual período de 2023 (4,1 m/t). O montante proveniente da China totalizou 2,8 milhões de toneladas, ou 54,2%.
Com o resultado apurado nos dez primeiros meses, as importações do País já ultrapassaram as registradas em todo o ano passado (5 m/t), derrubando as projeções do instituto. A entidade estimava para este ano a importação de 4,7 milhões de toneladas, nível que seria atingido em razão da barreira comercial implementada pelo governo federal.
Medida não surte efeito e setor pede intensificações
Em vigor desde o dia 1º de junho, com validade de 12 meses, a medida estabelecida pela União para tentar frear as importações de aço e proteger as siderúrgicas instaladas no Brasil consistiu em elevar o imposto de importação do aço para 25% e estabelecer cotas de volume para a entrada do insumo adquirido do exterior.
Como a defesa comercial, até o momento, não surtiu o efeito esperado, representantes do setor siderúrgico, como o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, têm solicitado mudanças.
Neste mês, o executivo disse, em teleconferência para apresentação de resultados do grupo, que a cota imposta pelo governo precisa ser revisada. Ele também defendeu que a alíquota seja elevada para 35% e todos os produtos siderúrgicos importados pelo Brasil sejam incluídos no mecanismo de proteção – atualmente, a medida contempla somente 15 itens.
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