Economia

Minas Gerais é 3º lugar em ranking de mercado de gás natural

Estado está atrás de Alagoas (78%) e Espírito Santo (60%)
Minas Gerais é 3º lugar em ranking de mercado de gás natural
Crédito: Reprodução Site Sede

O Ranking do Mercado Livre de Gás (Relivre) teve sua primeira atualização divulgada nesta semana. Minas Gerais, com 55,5% de pontuação, caiu do segundo para o terceiro lugar no ranking, atrás de Alagoas (78%) e Espírito Santo (60%). O ranking foi lançado em março deste ano e avalia o ambiente regulatório do mercado de gás natural de cada estado brasileiro.

O levantamento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Abrace Energia, associação que representa os grandes consumidores de energia, e a Associação Brasileira de Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP).

Para o ranking, quanto mais estados concentrarem pontuações elevadas, melhor será o ambiente regulatório do País para a migração de consumidores para o mercado livre. A pontuação de um estado cresce à medida que são realizadas novas legislações ou regulamentações para abertura do mercado.

Para Adrianno Lorenzon, diretor de gás natural da Abrace Energia, mais do que o próprio ranking, o Estado tem de olhar para ter um mercado livre com mais consumidores. “Tenho bastante esperança de que tanto a secretaria, que hoje é reguladora do gás em Minas, quanto a Gasmig (Companhia de Gás de Minas Gerais) vão entender que o fomento ao mercado livre é uma situação ganha-ganha para todo mundo”, disse.

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Ele afirma que os organizadores do ranking estão dispostos em contribuir para que a regulação estadual facilite a migração de mercado do consumidor, o aumento da demanda e o consumo de gás natural. “Minas tem um mercado muito voltado para a indústria siderúrgica, que tem bastante flexibilidade para aumentar ou reduzir o consumo de gás, baseado nas oportunidades que conseguir. Então, com algumas adequações na regulação e nos contratos atuais que a Gasmig fornece, pode dar essa flexibilidade para os consumidores conseguirem adquirir no mercado um gás mais barato, aumentando seu consumo e até favorecendo a descarbonização, deslocando o consumo de carvão”, aponta Lorenzon.

Biocombustível

Também nesta semana, a Gasmig abriu chamada pública para contratação de gás biometano, a primeira do tipo no Estado. Ainda que seja um ranking voltado para gás natural, o diretor explica que as alterações na regulação para o combustível fóssil também contribuem para o biocombustível. “Como o biometano é equivalente ao gás natural, tudo que você facilita para o gás natural, vai estar automaticamente facilitando para o biometano. Tem esse impacto direto”, pontua.

Gasmig

Crítico do ranking, o gerente de regulação e aquisição da Gasmig, Lucas Gomes, comenta que uma boa regulação tem de considerar vários aspectos além da flexibilização para os clientes. “É um ranking feito pelos grandes consumidores de energia. Motivação tarifária é realmente muito importante, mas tem que avaliar também que todos os contratos de concessão têm que garantir o equilíbrio econômico-financeiro da concessão, o bom serviço prestado, garantias de segurança etc”, disse.

O gerente defende a regulação mineira, também bem avaliada pelo Relivre. Segundo ele, o ambiente regulatório de Minas tem incentivos para a migração de uma empresa para o mercado livre. “Ele abre portas para essa oportunidade e também permite que a distribuidora tenha um equilíbrio econômico-financeiro do seu mercado. É uma regulação que, óbvio, tem seus pontos de melhoria, como todas as regulações do mundo, mas entendo que está bem avançada no Brasil nesse sentido”, finaliza.

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