Economia

Minas receberá R$ 36 milhões em recursos para Ciência e Tecnologia

O montante será distribuído para o BHTec e para as universidades de Viçosa e Lavras
Minas receberá R$ 36 milhões em recursos para Ciência e Tecnologia
O anuncio foi feito pelo diretor-presidente da Finep durante audiência pública na ALMG | Crédito: Henrique Chendes / ALMG

O Ministério da Ciência e Tecnologia irá destinar cerca de R$ 36 milhões em recursos à ciência e tecnologia em Minas Gerais. O investimento será realizado por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da Finep, Celso Pansera, durante uma audiência pública da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta segunda-feira (4). A reunião foi solicitada por 12 parlamentares para tratar de investimentos na área e também sobre o papel da instituição.

Pansera conta que o montante terá três destinos diferentes e que as documentações já estão sendo preparadas para que os recursos sejam liberados entre este mês e outubro.

Cerca de R$ 14,9 milhões serão investidos no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec), ligado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); R$ 14,7 milhões irão para a Universidade Federal de Viçosa, na Região da Zona da Mata, e cerca de R$ 6,5 milhões para a Universidade Federal de Lavras, no Sul de Minas.

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Retorno dos investimentos em Ciência e Tecnologia

O gestor comentou ainda que, entre 2015 e 2022, menos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) foram disponibilizados para a área.

Pansera afirma que o investimento está sendo retomado em 2023, uma vez que, em março deste ano, o presidente Lula mandou um projeto para o Congresso para que a totalidade desses recursos sejam destinados para a ciência brasileira. “É a ciência voltando neste governo com muito peso. Nunca a área teve tantos recursos disponíveis. É o Brasil voltando a ser competitivo no setor”, declara.

O CEO do BHTec, Marco Aurélio Crocco, comemorou a chegada dos recursos do Finep e lembrou que, apesar dos cortes entre 20217 e 2022, o parque desenvolveu 350 novos produtos e serviços e teve 54 pedidos de patentes depositados.

Crocco também falou que, embora Minas Gerais tenha vocação para a ciência e a tecnologia, o estado tem a economia baseada em produtos do século passado, relacionados ao setor mineral e siderúrgico, por exemplo.

“Essa é uma contradição entre a capacidade de produção científica e a estrutura industrial que temos e ocorre por falta de políticas perenes que favoreçam o diálogo entre os dois lados”, ressalta. Ele defendeu que a ALMG continue a ajudar na construção de um arcabouço legislativo que permita esse diálogo.

(Com informações da ALMG)

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