Minas Gerais tem a maior taxa de recuperação de crédito do Sudeste

As empresas de Minas Gerais apresentaram o melhor desempenho na recuperação de crédito em até 60 dias a partir de julho na região Sudeste e o oitavo no ranking geral do Brasil. De acordo com dados do Indicador de Recuperação de Crédito das Empresas da Serasa Experian, as companhias do Estado registraram uma taxa de 52,5% das contas pagas ou renegociadas nesse período.

O índice de Minas ficou 9,3 pontos percentuais (p.p.) acima da média nacional (43,2%), que registrou a terceira queda consecutiva. Em segundo lugar no ranking da região aparece o Espírito Santo, com 46,2% dos débitos regularizados até 60 dias após o mês de referência. Rio de Janeiro (37,7%) e São Paulo (35,4%) vêm logo em seguida.

Na divisão por setores, o destaque foi o Varejo, com uma taxa de recuperação de crédito das empresas de 54%. Já as financeiras apresentaram o maior avanço em relação ao ano anterior, passando de 34,1% para 51,9% em 2023. Os demais segmentos ficaram abaixo dos 50%: Bancos e Cartões (45%); Serviços (35,9%); Utilities (33%) e Telefonia (16,3%).

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, as consecutivas baixas nos índices de recuperação de crédito das empresas são decorrência da fraca atividade econômica, que prevaleceu nos últimos meses. “A perspectiva é de que a análise do segundo semestre traga resultados mais favoráveis, motivados pela redução na inflação e na taxa básica de juros, além da estabilidade na inadimplência das companhias”, avalia.

O levantamento também apontou que as dívidas com até 30 dias de vencimento foram as mais liquidadas, com 54,2% do total. Em seguida ficaram aquelas de até 60 dias (42,0%), as de 90 dias (31,3%), 180 dias (21,0%), contas com um ano (18,5%) e as que venceram há mais de um ano (14,7%).

Segundo dados do Serasa Experian, os compromissos financeiros com valor entre R$ 500 e R$1.000 apresentaram a maior taxa de pagamentos realizados pelas empresas inadimplentes (47%). As dívidas com valores acima de R$ 10 mil aparecem logo em seguida com 46,3% de recuperação de crédito; depois vêm as contas de até R$ 500 (45,3%), R$ 1.000 a R$ 2 mil (39,4%) e com valores entre R$ 2 mil e R$ 10 mil (37,2%).