Economia

Minas Gerais registra superávit de 29,97 mil empregos em maio

O saldo positivo de postos de trabalho com carteira assinada voltou a ser puxado pelo setor de serviços
Minas Gerais registra superávit de 29,97 mil empregos em maio
Crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG

O saldo de empregos formais em Minas permaneceu positivo em maio, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência. No quinto mês de 2022, foi registrado superávit de 29,97 mil vagas de trabalho, indicando o quarto resultado positivo consecutivo, após o déficit de 1,2 mil empregos no primeiro mês do ano. O destaque na geração mais uma vez ficou com o setor de serviços.

Ao todo foram contratados 217.499 profissionais e demitidos 187.529 em maio. Isso fez com que Minas Gerais apresentasse, mais uma vez, o segundo maior saldo no País, que somou 277 mil postos de trabalho no mês passado. À frente esteve apenas São Paulo, com resultado de 85,6 mil vagas de empregos.

Desta forma, Minas acumula saldo de 108,7 mil postos neste exercício. Já são ao todo 1,049 milhão de contratações e 940 mil desligamentos. O resultado mantém o Estado com o segundo melhor resultado nacional do período novamente.

Comparando o resultado mensal de Minas Gerais com os meses imediatamente anteriores, observamos que houve aceleração em relação a abril – quando o saldo foi de 20 mil empregos – e a março, quando o número chegou a 22,7 mil. E queda em relação a fevereiro, quando foram criados 37,1 mil postos de trabalho. 

Já em relação ao ano passado, conforme o Caged, também houve baixa. No quinto mês do ano passado, o saldo de empregos no Estado havia sido de 31,8 mil vagas. Recuo de quase 6%. E, no acumulado do ano, também houve baixa, neste caso de 25%. Nos primeiros cinco meses do ano passado, Minas somou 147,3 mil empregos.

Caged deve manter curva de elevação

Na avaliação do professor de economia do Ibmec-BH, Daniel Marques, o movimento positivo deve permanecer nos próximos meses, especialmente, com a aproximação do final do ano. Isso, segundo ele, deverá trazer efeitos positivos para os setores de comércio e serviços, que já vêm liderando a geração de vagas, passado o período mais crítico da crise causada pela pandemia.

“Com as festividades e as pessoas incentivadas a confraternizarem mais, teremos mais um aumento no consumo. Por outro lado, isso também poderá pressionar a inflação e termos mais aumentos de preços”, afirma.

De toda maneira, conforme Marques, as perspectivas diante dos números do Caged são boas. “As famílias estão com mais renda diante da diminuição de desemprego, mesmo diante de uma menor média de salários. O poder de compra dos indivíduos vem reduzindo por conta da inflação, mas, pensando em termos de desemprego, o cenário está melhor. O ponto de atenção é que as famílias com novos indivíduos com renda vão consumir mais, o que poderá implicar na inflação, caso não consigamos suprir essa demanda reprimida”, reforça.

Em termos de setores, conforme o Caged, em maio, serviços foi responsável pela geração de 12.627 empregos no Estado, seguido por indústria (5.429), comércio (5.427), construção (3.491) e agropecuária (2.996).

No acumulado do ano, a ordem foi: serviços (66.453), indústria (21.032), agropecuária (14.064), construção (9.825) e comércio com déficit de 2.627.

Resultado nacional superou as expectativas

Brasília – O Brasil abriu 277.018 vagas formais de trabalho em maio, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência. O resultado veio acima da criação líquida de 192.750 postos projetada por analistas em pesquisa da Reuters.

Na série sem ajustes, o resultado de maio foi o segundo melhor para o mês em 12 anos, perdendo apenas para maio de 2021, que teve resultado muito similar, de 278.705.

O dado do mês passado é fruto de 1,961 milhão de admissões e 1,684 milhão de desligamentos. Com o resultado, o estoque de empregos formais no país atingiu 41,7 milhões, maior total para meses de maio da série iniciada em 2010.

No mês, houve saldo positivo em todos os setores, com destaque para as vagas em serviços, com abertura de 120.294 postos, seguido de comércio, com 47.557. Houve criação de 46.975 empregos formais na indústria, 35.445 na construção e 26.747 no setor de agropecuária.

No recorte regional, o Sudeste criou 147.846 vagas no mês e o Nordeste abriu 48.847 postos. O saldo ficou em 33.978 no Centro-Oeste e 25.585 no Sul, enquanto o Norte abriu 16.091 postos.

No acumulado de janeiro a maio, foram abertas 1,052 milhão de vagas, ante uma abertura de 1,161 postos em igual período de 2021, segundo a série com ajustes.

Com relação ao salário médio de contratação, houve recuo em maio. O valor ficou em R$ 1.898,02, ante R$1.916,07 em abril.

O governo também registrou um aumento nos pedidos de seguro desemprego. O número do mês ficou em 597.337 pedidos, contra 567.221 no mês anterior e 527.068 em maio de 2021. (Reuters)

DC RESPONDE

O que é o Caged?

Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é o registro permanente de admissões e dispensa de empregados do governo federal. Sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. Serve, ainda, como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho. E, claro, subsidia tomada de decisões para ações governamentais e privadas.

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