Minas Gerais retoma liderança em energia solar

Minas Gerais voltou a ocupar o primeiro lugar em potência instalada de energia solar. São Paulo havia superado o Estado mineiro nos primeiros cinco meses do ano, mas no último dia 22, antes que o mês de junho chegasse ao fim, Minas superou o lugar que ocupava desde 2016.
Na última quinta-feira (22), segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Estado alcançou 2,98 gigawatts (GW) de potência contra 2,97 GW de São Paulo, que caiu para a segunda posição. “É uma marca importante para o Estado. Voltamos para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído”, comentou Bruno Catta Preta, diretor de relações institucionais da Genyx e coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) em Minas Gerais.
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Catta Preta explica que o Estado tem vocação para energia solar. Por aqui há o maior número de empresas integradoras do sistema, ou seja, empresas que instalam os painéis de captação de energia solar em residências, propriedade rural e indústria. “Nosso Estado tem uma cadeia produtiva da energia solar muito forte, com grandes distribuidoras. Possuímos a cadeia produtiva completa, o que torna uma facilidade na hora de optar por ela”, disse.
O coordenador da Absolar ressaltou também que o Estado possui outras facilidades como a grande disponibilidade de terras para instalações do sistema de energia solar e uma legislação favorável. Ele lembra que a Lei Estadual de Energia Fotovoltaica que isenta o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) na geração própria (GD) de usinas de até cinco megawatts (5MW), é atraente para investidores e foi, inclusive, precursora virando referência para estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
“Além disso tudo, não podemos deixar de falar que temos as melhores irradiações solares do país. Então, um sistema localizado aqui, gera muito mais energia do que qualquer outro estado do País”, ressaltou.
Sobre os cinco meses que renderam ao Estado o segundo lugar, Catta Preta explica que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) estava com um volume de trabalho intenso e não estava conseguindo liberar as autorizações, de acordo com a demanda do mercado, para as novas instalações e conexões de energia solar.
“Então, o processo ficou um pouco estagnado. Aos poucos, o problema foi sendo resolvido, nos reunimos com o presidente da Cemig que prometeu celeridade nas liberações. E parece que isso está começando a acontecer, pois estamos vendo os números de Minas voltar ao patamar que possuía antes”, avaliou.
Capacidade instalada: 214.695 MW
Hídrica: 51,2% 109.865 MW
Solar: 14,3% 30.615 MW
Eólica: 12% 25.775 MW
Gás Natural: 8,2% 17.583 MW
Biomassa / biogás: 7,8% 16.735 MW
Petróleo e outros fósseis: 4,2% 9.047 MW
Carvão mineral: 1,4% 3.086 MW
Nuclear: 0,9% 1.990 MW
Importação: 3,8 8.170 MW
Fonte: Aneel/Absolar
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