Economia

Minas Gerais se destaca na venda de produtos de marca própria

Minas Gerais se destaca na venda de produtos de marca própria
Crédito: Tânia Rego/ABr

Um levantamento realizado pela Scanntech neste mês de novembro aponta que Minas Gerais e São Paulo são os estados do Sudeste que mais se destacam no crescimento de marcas próprias. Nessa região, as marcas próprias apresentam a maior participação no mercado (2,8%) e no faturamento das redes que operam com esse modelo (13,7%). Em Minas, a participação dessas marcas cresceu aproximadamente dois pontos percentuais.

Diretora de marketing da Scanntech, Priscila Ariani explica que a tendência é crescer e esclarece que em países onde essas marcas estão mais maduras, elas já possuem uma participação de vendas totais maior que no Brasil. Além disso, as redes que trabalham com marcas próprias  possuem  um share de 10,1%, ou seja,  quatro vezes maior que a média nacional. Ela também destaca o crescimento nos maiores varejistas e o ganho de participação das marcas próprias.

No Estado, esse tipo de marca vem aumentando sua participação e tornando-se ainda mais relevante nas lojas que as comercializam, passando de 16,84%, em outubro de 2021, para 18,71% em outubro deste ano. Enquanto isso, em São Paulo as marcas próprias também estão em crescimento (8,02% para 9,75%). O estudo também revelou que as marcas próprias já representam 1,9% das vendas totais do mercado e 10,1% de todo o faturamento das lojas, do início do ano até o mês de outubro. Os segmentos com maior presença desse tipo de marca são os perecíveis (17%); perfumaria (13,6%) e mercearia básica (12,4%). Existem casos em que a participação de marcas próprias superam a média das cestas básicas de algumas categorias e são: papel higiênico (20,7%); leite (19,3%); álcool para limpeza (18,2%); pão de queijo (17,1%), além de açúcar (13,8%).

Para Priscila Ariani, a principal vantagem das marcas próprias é a eficiência de custos relacionados ao marketing e vendas. A diretora conta que essas marcas, normalmente, são produzidas pelos principais fabricantes de cada categoria e, portanto, são produtos que somam uma boa qualidade com um preço mais em conta devido ao baixo custo de formação, distribuição e promoção da marca.

A pesquisa ainda mostrou que os supermercados possuem a maior participação de marcas próprias em seu faturamento, na comparação com os atacarejos regionais. No caso dos supermercados, a participação chega a 10,4% do faturamento nas redes com marcas próprias, e 2% no total do mercado. Já no atacarejo Regional, esse tipo de marca representa 9% do faturamento total das redes com marcas próprias, e 1,5% do total faturado no mercado.

Aposta

Segundo a diretora de Marketing da Scanntech, existem três motivos para os supermercados apostarem em marcas próprias. O primeiro é o fato delas permitirem melhores margens que os produtores da indústria. Outro motivo é a facilidade para o varejista oferecer um produto de primeiro preço a seu shopper. Por fim, a possibilidade de oferecer marcas próprias diferenciadas que podem gerar a preferência do shopper e fidelizá-lo.

Ela também explica que como a inflação está impactando o custo das matérias-primas, as marcas próprias acabam sendo forçadas a repassar os preços e o custo do produto deste tipo de marca também será impactado no varejo. Priscila ainda relata que a inflação tem obrigado o consumidor a buscar alternativas mais baratas e, com isso, as marcas próprias vêm ganhando a preferência do consumidor neste momento difícil da economia.

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