Economia

Minas é o segundo estado com mais beneficiários de planos de saúde no País

Crescimento do mercado de trabalho no Estado favoreceu a expansão dos beneficiários de planos de saúde
Minas é o segundo estado com mais beneficiários de planos de saúde no País
Foto: Reprodução Freepik

O setor de saúde suplementar de Minas Gerais atingiu um marco histórico em 2024, ocupando a segunda posição no ranking de beneficiários de planos de saúde no País, com 5,8 milhões de pessoas com coberturas médico-hospitalares. O crescimento no mês de dezembro de 2024 foi de 2,4% ante o ano anterior, consolidando Minas como o segundo maior mercado da região Sudeste, atrás apenas de São Paulo.

Os dados são da 102ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e mostram São Paulo com 18 milhões de beneficiários, enquanto Minas possui 5,8 milhões e o Rio de Janeiro conta com 5,6 milhões de usuários de planos de saúde.

De acordo com o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o crescimento do mercado de trabalho no Estado favoreceu a expansão dos beneficiários de planos de saúde.

“O grande possibilitador de as pessoas terem plano de saúde ainda é trabalhar em uma empresa que fornece um plano empresarial. São poucos os casos em que a empresa oferece plano para os funcionários e os funcionários aderem se quiserem. Isso normalmente acontece quando o próprio beneficiário já paga um plano que melhor se adequa às suas necessidades”, explica.

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Segundo Cechin, quando a empresa paga a totalidade ou uma boa parte do plano de saúde, normalmente, a vinculação é grande. “Se Minas Gerais continuar apresentando um bom desempenho econômico neste ano, o número de beneficiários vai acompanhar o número de postos de trabalho criados. Talvez não tenha o mesmo índice de emprego de 2024, mas acredito em crescimento, pois reflete a atividade econômica no Estado, a qualidade dos empregos gerados (considerando o benefício dos planos de saúde para os empregados) e a valorização da saúde pelos mineiros”, observa.

O superintendente executivo do IESS ressalta ainda que o aumento do emprego formal impulsiona diretamente a contratação de planos coletivos empresariais, garantindo acesso a assistência médica de qualidade para um número crescente de trabalhadores e suas famílias.

“O emprego define duas coisas, o amento no acesso aos planos empresariais e também a capacidade de as famílias comprarem algum plano ou aderirem a um plano individual. Então, o acesso ao plano de saúde depende essencialmente da existência de pessoas com emprego e renda”, considera.

Conheça os destaques da análise dos planos de saúde em Minas Gerais

  • Crescimento expressivo dos planos coletivos empresariais: aumento de 130,2 mil beneficiários, alta de 3,1%, no último ano.
  • Expansão do mercado de trabalho: segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, Minas Gerais registrou 139,5 mil novas vagas formais entre dezembro de 2023 e dezembro de 2024 (crescimento de 2,9%).
  • Taxa de cobertura acima da média nacional: 28,3% da população mineira possui plano médico-hospitalar, superando a média nacional de 24,6%.
  • Aumento do número de beneficiários em todas as faixas etárias, com destaque para a população de 59 anos ou mais, que teve o maior crescimento percentual (alta de 3,4%).

Ainda segundo Cechin, a pandemia deixou as pessoas mais em alerta para sair de situações de urgência e emergência. “Se ele depende normalmente do sistema público, ele pode ter dificuldade no acesso a marcação de consultas, perda de tempo, filas, dentre outros. Se ele tem um plano de saúde, a expectativa é ter um atendimento bem mais rápido. Aliás, a Agência Nacional de Saúde (ANS) define prazos para atendimento dos pedidos das pessoas. Então, por conta disso, as pessoas passaram a valorizar mais e a desejar mais ter um plano de saúde”, reforça.

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