Minas Gerais tem terceiro maior crescimento da matriz elétrica no ano

A matriz elétrica de Minas Gerais teve expansão de 649,54 megawatts (MW) neste ano, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O acumulado de 2024 é de 4.133,39 MW no Brasil, com 127 novas usinas.
As usinas que passaram a operar em 2024 foram instaladas em 14 estados nas cinco regiões do País, sendo Minas Gerais um dos destaques de crescimento da matriz elétrica junto com Rio Grande do Norte (1.381,23 MW) e Bahia (673,50 MW). O Estado ocupou a terceira posição no incremento no acumulado de janeiro a abril.
Contribuiu para o resultado da matriz elétrica de Minas e do País no período de janeiro a abril, o início da operação comercial da usina fotovoltaica Boa Sorte I, localizada em Paracatu, na região Noroeste do Estado, com 44,1 MW de potência. A autorização para as atividades aconteceu por meio do Despacho nº 690, em março deste ano.
Com a entrada em operação da usina, o Brasil ultrapassou 200 gigawatts (GW) de geração em sua matriz elétrica. Na ocasião, a marca foi celebração pela agência, já que é um patamar considerável, pois quando a Aneel iniciou suas atividades, em 1997, a capacidade instalada no País era de cerca de 60 GW, o que mostra que, em menos de três décadas, o número mais que triplicou no Brasil.
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Para este ano, conforme já anunciado pela Aneel, a previsão de crescimento da geração de energia elétrica do País é de 10,1 GW. Será o segundo maior avanço anual já verificado pela agência desde sua criação em 1997 – atrás apenas do crescimento de 10,3 GW computado em 2023.
Em abril, a expansão na matriz elétrica brasileira foi de 1.505,05 MW, o maior salto registrado desde dezembro de 2023. Grande parte do avanço verificado no quarto mês de 2024 é fruto da entrada em operação comercial de 20 centrais solares fotovoltaicas (733,74 MW) e de 20 usinas eólicas (559,90 MW).
Além delas, passaram a operar seis termelétricas a biomassa (208,51 MW) e uma central geradora hidrelétrica (3,00 MW). No total, entraram em operação comercial em abril no País 47 usinas, sendo o Piauí o estado com o crescimento mais expressivo, com 14 novas usinas em operação e uma ampliação de 400 MW.
Em 2 de maio deste ano, o Brasil somou 202.091,5 MW de potência fiscalizada, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração da Aneel (Siga), atualizado diariamente com dados de usinas em operação e de empreendimentos outorgados em fase de construção.
Desse total em operação, ainda de acordo com o Siga, 84,48% das usinas são consideradas renováveis e 15,51% são de fontes não renováveis. Atualmente, as três maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são hídrica (54,34%), eólica (15,09%) e biomassa (8,33%). A participação da solar chega a 6,74%.
Micro e minigeração impulsionam a geração de energia
Além da expansão da matriz elétrica brasileira centralizada, o Brasil conta com outro crescimento na oferta: o da micro e minigeração distribuída (MMGD), que ocorre quando o consumidor brasileiro gera sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada.
A MMGD pode ser proveniente da microgeração, quando a energia produzida por um central geradora com potência instalada até 75 quilowatts (KW), ou da minigeração distribuída, com potência acima de 75 kW e menor ou igual a 3 MW (podendo ser até 5 MW em situações específicas, nos termos dos incisos IX e XIIII e do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 14.300/2022).
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