Economia

Minas é o terceiro maior destino dos desembolsos do BNDES

No decorrer do primeiro semestre, o Estado recebeu cerca de R$ 3,6 bilhões, ficando atrás apenas de São Paulo e Rio Grande do Sul
Minas é o terceiro maior destino dos desembolsos do BNDES
O setor mais contemplado com esses desembolsos no Estado é o de infraestrutura, com R$ 17,3 bilhões | Crédito: Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes

Dos R$ 40,6 bilhões desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro semestre deste ano, R$ 3,681 bilhões foram destinados a Minas Gerais. Com o montante, o Estado foi o terceiro maior beneficiário no País, ficando atrás apenas de São Paulo, que recebeu R$ 13,916 bilhões, e do Rio Grande do Sul, com R$ 3,688 bilhões.

Dentre os setores, o mais contemplado com os recursos em Minas foi o de infraestrutura, com R$ 17,3 bilhões, o equivalente a 42,8% do montante total. Em seguida, apareceu a indústria, com R$ 9,1 bilhões, representando 22,4% do valor recebido pelo Estado. Já os setores de comércio e serviços e de agropecuária fecharam o período com desembolso de R$ 7,1 bilhões e R$ 6,9 bilhões, respectivamente.

Na divisão por porte das empresas, 20,4%, o equivalente a R$ 8,29 bilhões, foi destinado às de médio porte. Outros 10,2% foram para as pequenas (R$ 4,1 bi) e 3,9% para as micro-empresas mineiras (R$ 1,5 bi).

Dentre as linhas de crédito com as maiores participações em Minas Gerais, os destaques foram: BNDES Finame (R$ 2,09 bi), BNDES Finem (R$ 744 milhões) e o BNDES Automático (R$ 474 milhões). Além de BNDES Mercado de Capitais (R$ 173 milhões) e o BNDES Crédito Rural (R$ 151 milhões).

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Cenário nacional

Ao todo, o BNDES concedeu cerca de R$ 40,6 bilhões entre janeiro e junho de 2023. Isso representa um aumento de 21,6% nos desembolsos em relação ao mesmo período do ano passado.

O acréscimo ocorreu em todos os setores econômicos, com crescimento nominal de 11% na indústria, 17% na infraestrutura, 21% no comércio e serviços e 54% na agropecuária. No mesmo período, o banco registrou lucro líquido de R$ 9,5 bilhões e lucro líquido recorrente, que exclui eventos de caráter esporádico e não permanente, de R$ 3,7 bilhões.

As aprovações de novas operações para empresas de menor porte atingiram R$ 18,9 bilhões, representando um crescimento de 53% em relação ao primeiro semestre de 2022. Somando-se a isso os R$ 24 bilhões em novos financiamentos a Micro e Pequenas Empresas (MPMEs) de outros agentes financeiros garantidos pelo BNDES FGI. O volume de apoio às empresas menores chega a aproximadamente R$ 43 bilhões, contribuindo para a pulverização do acesso ao crédito no Brasil.

As consultas, que são a fase inicial dos processos operacionais do BNDES, avançaram 151% nos primeiros seis meses de 2023, chegando a R$ 126,8 bilhões, disseminadas por todos os setores econômicos do País.

Embora nem todas as consultas se traduzem obrigatoriamente em aprovações e desembolsos, ainda assim, esses volumes indicam boas perspectivas para futuros apoios do BNDES. As consultas para novos projetos de infraestrutura foram as que mais cresceram, tanto em termos de valores absolutos quanto de taxa de crescimento: R$ 74,2 bilhões e 175%, respectivamente.

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