Nova usina solar em Minas terá capacidade de gerar mais de 5 milhões de kWh/ano

O município de Engenheiro Caldas, no leste de Minas, vai ganhar uma usina solar de grande porte, capaz de gerar anualmente mais de 5 milhões de kWh (quilowatts-hora). No empreendimento serão instalados quase sete mil módulos solares de última geração e a potência instalada total será de 3.725 kW (quilowatts).
O complexo terá uma produção energética robusta, capaz de suprir as necessidades de aproximadamente 21 mil residências com consumo médio de 250 kWh por mês. Além disso, o empreendimento, fruto da parceria entre as empresas Multiluz Solar e Solar Vale, promete trazer avanços para a economia local.
Com investimento estimado de aproximadamente R$ 17 milhões, a obra da usina solar conta com incentivo do governo de Minas Gerais. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) liberou o montante de R$ 12 milhões para o projeto, que recebeu o nome Sonne Energia.
“O investimento em Engenheiro Caldas reafirma a crença de que o desenvolvimento sustentável pode e deve caminhar ao lado do crescimento econômico, trazendo benefícios diretos tanto para a comunidade quanto para o setor elétrico regional”, considera Fábio Ferreira, diretor executivo da Multiluz Solar.
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Para o CEO do Grupo Solar Vale, Thomas Henrique Knoch, a meta é unir energia limpa e retorno financeiro garantido para os clientes investidores. “Essa é a nossa visão de futuro sustentável para o Brasil. Cada detalhe desse projeto foi pensado para garantir alta performance e durabilidade, sempre reforçando nosso compromisso com a excelência”, explica.
As obras têm previsão de durar oito meses e a usina será instalada em uma área de trinta mil metros quadrados, o equivalente a 4,2 campos de futebol padrão FIFA. O aproveitamento inteligente desse espaço não apenas maximiza a eficiência energética da instalação, como também reforça o compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental.
Com a construção da usina solar serão criados cerca de 100 empregos diretos, desde profissionais especializados em engenharia elétrica até técnicos de instalação e operação dos sistemas. Além disso, estima-se que mais de 500 empregos indiretos serão gerados ao longo do processo, impulsionando a economia local com oportunidades em outros setores, como transporte, comércio e serviços de apoio à obra.
Em um Estado que já lidera a geração solar no País, a iniciativa conjunta das empresas representa um marco importante para a diversificação da matriz energética e para o fortalecimento do compromisso com a sustentabilidade em Engenheiro Caldas e regiões próximas, que passará a se tornar, também, uma referência regional em geração fotovoltaica.
Projeto de Impacto
Na visão do BDMG, a iniciativa é o que eles chamam de “Projeto de Impacto”, com externalidades positivas em várias frentes relacionadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). A ideia é proporcionar a geração de emprego e renda, contribuindo para a produção local de energia limpa e diversifica a matriz energética.
O BDMG foi o responsável pelo financiamento de R$ 12 milhões, correspondentes a cerca de 70% dos recursos necessários para construção do empreendimento. A linha utilizada foi o BDMG Sustentabilidade, uma solução de longo prazo com carência que acompanha o período de construção da usina fotovoltaica.
A operação é estruturada para que o próprio empreendimento seja capaz de gerar receitas suficientes para arcar com o pagamento das parcelas quando o projeto financiado estiver em operação.
A estimativa do BDMG é uma redução de emissões equivalente a 12.986,05 toneladas de carbono ao longo de 20 anos de vida do projeto, contribuindo diretamente para a redução da poluição e o combate ao aquecimento global.
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