Minas segue na liderança da Cfem

Minas Gerais segue na liderança da arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem). Apesar dos royalties dos municípios mineiros somarem valores menores que os apurados no ano passado, o montante supera as cifras acumuladas pelo Pará – que já há algum tempo vinha na primeira posição no ranking. De janeiro a outubro, Minas arrecadou R$ 2,6 bilhões, enquanto o estado do Norte somou R$ 2,5 bilhões do total de R$ 5,9 bilhões do Brasil. Isso representa 44% e 42%, respectivamente.

Os dados são da Agência Nacional de Mineração (ANM) e indicam que todos os valores estão menores que os registrados em 2021. Os menores volumes exportados e, principalmente, os preços do minério de ferro no mercado internacional em patamares inferiores explicam o movimento.

Para se ter uma ideia, a balança comercial de Minas Gerais indica retração acima de 40% no faturamento dos embarques do insumo siderúrgico no acumulado dos dez primeiros meses deste ano. As cifras saíram de US$ 18,2 bilhões no ano passado para cerca de US$ 10,5 bilhões neste exercício. E os volumes foram de 146,9 milhões de toneladas e 122,4 milhões de toneladas na mesma ordem.

Já em termos de preço, em 2022, a principal matéria-prima do aço acumula desvalorização de 33% Os preços do minério de ferro com teor de 62% chegaram a bater US$ 79,5 no mês passado, o menor valor em quase três anos.

Apesar da liderança, os R$ 2,6 bilhões arrecadados por Minas Gerais são 33% inferiores aos R$ 3,9 bilhões dos mesmos meses do ano passado. E, dentro do mesmo contexto, apenas em outubro, a Cfem em Minas Gerais somou R$ 329 milhões. 

Assim, o valor ficou igualmente abaixo ao do mesmo mês de 2021, quando os royalties chegaram a R$ 407 milhões. Neste caso, o Estado respondeu por 48,9% dos R$ 672 milhões somados em todo o País, mantendo a primeira posição. O Pará apurou R$ 255 milhões ou 37,9% do total.

Entre janeiro e outubro de 2022 os municípios mineiros que mais arrecadaram os royalties da mineração foram: Conceição do Mato Dentro (Médio Espinhaço), Itabirito (RMBH), Mariana (Central), São Gonçalo do Rio Abaixo (Central) e Itabira (Central).

Conceição do Mato Dentro lidera o ranking, com R$ 335,2 milhões em Cfem ou quase 13% do total do Estado. Mas o valor está abaixo dos R$ 558,3 milhões apurados no ano passado.

Itabirito também se destacou. Arrecadou R$ 272,1 milhões ou cerca 10,4% de Minas Gerais. Na mesma época de 2021 o recolhimento havia sido de R$ 456 milhões.

Mariana também teve queda sobre o ano anterior. A cidade somou R$ 262,5 milhões (10% do Estado) contra R$ 347 milhões do exercício passado.

Em quarto lugar apareceu São Gonçalo do Rio Abaixo, na região Central. O município recolheu R$ 252,6 milhões (9,6%) e o valor um ano antes havia sido de R$ 291 milhões.

Por último, veio Itabira com R$ 247,3 milhões, ou 9,5% do total do Estado. Na mesma época de 2021 o recolhimento da Cfem na cidade chegou a R$ 326 milhões.