Minas tem saldo positivo de empregos pelo 7º mês seguido

Minas Gerais criou, em agosto, 15.237 postos de trabalho formais e manteve, pelo sétimo mês consecutivo, um saldo positivo de empregos. O superávit do período foi decorrente de 233.002 admissões e 217.765 demissões. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foram divulgados nessa segunda-feira (2).
Quatro das cinco principais atividades econômicas apresentaram resultados favoráveis no Estado. O destaque ficou com o setor de serviços, com a criação de 12.544 vagas. Comércio, com 4.337 empregos gerados; indústria, com 3.836, e construção, com 1.072, foram os outros setores que registraram superávits. Por outro lado, a agropecuária fechou 6.552 postos de trabalho no mês.
Entre os segmentos, a “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” teve o melhor desempenho, com saldo positivo de 5.035 empregos, seguida por “comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, com 4.337. Já a “agricultura, pecuária e serviços relacionados” apresentou déficit de 6.952 vagas e registrou a pior performance.
Ainda conforme o Caged, Minas Gerais foi o quarto maior gerador de empregos no oitavo mês deste ano, em um contexto de saldo positivo em todas as unidades federativas. À frente do Estado ficaram somente São Paulo, com superávit de 65.462 vagas; Rio de Janeiro, com 18.992, e Pernambuco, com 15.566. No Brasil, foram abertos 220.844 postos de trabalho em agosto.
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Para a analista de políticas públicas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), Iolanda Benfica Blaso, a boa performance do mercado de trabalho mineiro demonstra estabilidade econômica e é fruto de estratégias adotadas pelo governo estadual, como investimentos na infraestrutura, incentivos fiscais e qualificação profissional. “Este bom desempenho é uma notícia positiva não só para o estado, mas também para o país”, destacou.
Saldo de empregos por cidade
Os dados do MTE também mostram o saldo de empregos de cada município. Neste caso, a capital paulista liderou o ranking, com a abertura de 23.777 postos de trabalho, seguido pela capital fluminense, com 9.539, e a capital cearense, com 5.209. Belo Horizonte, por sua vez, ficou em quarto lugar entre as cidades brasileiras e se destacou no Estado, com a criação de 4.805 vagas.
Depois da capital mineira, ficaram Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com superávit de 1.147 empregos, e São Joaquim de Bicas, na região Central, com 847 vagas. Na outra ponta da lista, a cidade de Ipatinga, no Vale do Aço, teve o pior desempenho, com o fechamento de 2.212 postos de trabalho. Ao todo, dos 853 municípios de Minas Gerais, 464 tiveram saldos positivos, 346 apresentaram saldos negativos e 43 registraram estabilidade.
Superávit do acumulado do ano
Segundo os números do Caged, com o resultado de agosto, Minas Gerais acumula a abertura de 171.349 vagas de empregos com carteira assinada em 2023. O saldo positivo decorre de 1,803 milhão de contratações e 1,631 desligamentos realizados nos oito primeiros meses do ano.
No acumulado, os cinco setores da economia tiveram superávits, com destaque para o setor de serviços, com 80.390 vagas criadas. Na sequência, vieram construção, com a abertura de 31.724 postos de trabalho; indústria, com 28.566; agropecuária, com 23.057, e comércio, com 7.616.
Nacionalmente, o Estado está em segundo lugar como gerador de empregos, sendo que na dianteira aparece São Paulo, com saldo positivo de 386.511 vagas. Alagoas, na região Nordeste, é a única unidade da Federação com déficit em 2023, com 1.965 postos de trabalho encerrados. No País, de janeiro a agosto, o superávit alcança a marca de 1,388 milhão.
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