Minas ultrapassa 4,9 GW em geração solar e atrai R$ 24 bilhões em investimentos nos últimos anos

Minas Gerais atingiu um novo marco na transição energética: o Estado alcançou 4,9 gigawatts (GW) de potência instalada em geração própria de energia solar, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O número coloca Minas como o segundo maior estado do País em geração solar distribuída, atrás apenas de São Paulo.
Ao todo, são mais de 374 mil conexões operacionais espalhadas por 100% dos municípios mineiros, beneficiando mais de 1,8 milhão de consumidores, entre residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Economia local ganha com investimentos e empregos verdes
Desde 2012, o avanço da energia solar trouxe resultados expressivos para a economia mineira. Foram R$ 24,1 bilhões em investimentos privados com impacto direto na geração de 149 mil empregos e R$ 7,3 bilhões em arrecadação de impostos.
“A democratização da geração própria solar amplia o protagonismo do Brasil na transição energética, atrai novos investimentos, gera muitos empregos verdes locais e de qualidade”, afirma o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.
Gargalos ainda preocupam setor
Segundo pesquisas, nove em cada dez brasileiros desejam gerar a própria energia. Mesmo com o apoio popular, o setor enfrenta entraves. De acordo com a associação, distribuidoras têm negado pedidos de conexão de novos sistemas, alegando risco de inversão de fluxo de potência, mas sem apresentar estudos técnicos que comprovem essa justificativa.
Para a Absolar, as Medidas Provisórias nº 1300/2025 e 1304/2025, que estão em discussão no Congresso e tratam da reforma do setor elétrico, são uma oportunidade para resolver esse problema. A entidade propõe exigir comprovação técnica para negativas de conexão e eliminar qualquer tratamento discriminatório aos consumidores que participam do Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE).
“Mudar as regras recentemente aprovadas na Lei 14300/2022 por quase unanimidade pelo Congresso Nacional seria uma medida impopular e desalinhada com a transição energética justa e sustentável do Brasil, além de poder levar à insegurança jurídica e à judicialização indesejadas para todo o setor”, alerta o coordenador estadual da Absolar, Bruno Catta Preta.
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