Economia

Minascon deve movimentar R$ 15 milhões em negócios

Evento é realizado pela Câmara de Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com os sindicatos locais da construção civil
Minascon deve movimentar R$ 15 milhões em negócios
Foto: Divulgação Sinduscon-MG

A Minascon, principal evento da indústria da construção civil de Minas Gerais, estará de volta a Belo Horizonte, depois de seis edições em diferentes regiões do Estado. Realizada pela Câmara de Indústria da Construção da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com os sindicatos locais do setor, o evento acontecerá no BH Shopping, nos dias 25 e 26 de outubro deste ano, com estimativa de gerar R$ 15 milhões em negócios, sem incluir as vendas de imóveis.

Conforme o presidente da Câmara de Indústria da Construção da Fiemg, Geraldo Linhares, são esperadas 10 mil pessoas nos dois dias de evento e a expectativa é que esta edição seja um sucesso já que não acontece na capital desde 2019. 

“Belo Horizonte é a segunda cidade do Brasil que mais empregou na construção civil este ano. É um evento para unir toda a cadeia produtiva, os associados e compartilhar novidades, apresentando a engenharia do futuro aos presentes”, alega. 

Neste ano serão 94 estandes entre construtores, fornecedores, entidades públicas e privadas. Três auditórios com palestras simultâneas discutirão sobre temas como o Minha Casa, Minha Vida, plano diretor, materiais, tecnologias e meio ambiente.

Em Belo Horizonte, o Minascon é realizado em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). O presidente da entidade, Raphael Lafetá, acredita que, sendo na Capital ou não, o Minascon cumpre um papel importante de mostrar para a sociedade tudo que acontece na construção civil. 

Em especial, esta edição acontece em outubro, que é o mês da indústria. Lafetá ressalta que será uma grande oportunidade para o público conhecer o que se passa na indústria da construção e um grande momento de celebração da indústria mineira. “Teremos o Imersão Indústria, seguido do Minas Trend, que celebra a indústria da moda, depois a nossa Minascon e depois um campeonato de robótica. É um grande momento para celebrar e mostrar a força da indústria mineira”, diz Lafetá.

Criado há 22 anos, o Minascon tem o objetivo de conectar pessoas, compartilhar conhecimentos e experiências, fomentar networking, além de capacitar gestores e profissionais que atuam no segmento.

O lançamento oficial da edição será realizada nesta quarta-feira (30), às 19h, no Automóvel Clube de Belo Horizonte e contará com a presença dos presidentes da Fiemg, Flávio Roscoe, do Sinduscon-MG, Raphael Lafetá, e da Câmara de Indústria da Construção da Fiemg, Geraldo Linhares.

Expectativa é de menos lançamentos no 2º semestre 

Sobre o desempenho do setor, apesar de estar apresentando uma piora em relação ao ano passado, Lafetá acredita que o segundo semestre da construção civil poderá haver uma revertida desde que haja uma melhora no cenário econômico nacional e global. 

De acordo com a Sondagem da Construção, realizada pela entidade, no primeiro semestre  o nível de atividade do setor, apesar de continuar registrando números inferiores a 50 pontos (que sinalizam queda), encerrou o mês de junho (48,8 pontos) no maior patamar desde novembro de 2024 (49,7 pontos) e menor que junho do ano passado (49,9 pontos). Os Serviços Especializados para a Construção, que englobam demolição, preparação de terreno e sondagens, por exemplo, apresentaram o maior nível de atividade em junho deste ano, alcançando 52 pontos. 

Considerando a análise dos dados do Caged e do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, pela primeira vez, desde outubro de 2014, a Construção Civil superou o patamar de 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Assim, o setor encerrou o mês de maio deste ano com 3 milhões de trabalhadores formais no País, sendo Minas Gerais o segundo Estado que mais gerou novos empregos, ao gerar quase 19 mil novos postos de trabalho na Construção. 

“Nosso mercado é de longo prazo, a gente demora de quatro a cinco anos para entregar um produto. O que estamos construindo hoje, e estamos batendo recorde de mão-de-obra, foi vendido há dois anos”, relata Lafetá.

Entretanto, para este segundo semestre no quesito de lançamentos, o setor espera uma queda, em função do cenário e das incertezas econômicas. “Com isso, teremos um reflexo na mão-de-obra no início do ano que vem, pois os produtos estarão prontos e o mercado de trabalho reduz um pouco. Mas a situação pode reverter caso o cenário econômico mundial e nacional melhorem”, avalia o presidente do Sinduscon-MG.

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