Investimentos em minerais críticos estão em alta, mas ainda aquém do potencial brasileiro, diz Ibram

Os investimentos no Brasil relativos aos minerais críticos estão crescendo, mas em um ritmo ainda aquém das potencialidades do País e das necessidades do mercado, ressaltou o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, nesta terça-feira (6), durante coletiva para apresentação de resultados do setor. De acordo com o executivo, “os minerais críticos se encontram no topo das preocupações geopolíticas globais”, e “são para o Brasil, um passaporte para o futuro”.
Ilustrando o potencial brasileiro, o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery, destacou que o Brasil está entre os dez primeiros colocados do ranking mundial de reservas de nove minerais críticos, em uma lista com 11, e figura no top 10 dos maiores produtores de oito substâncias, considerando a mesma listagem. Segundo ele, há espaço para que a produção de alguns minerais críticos cresça no território nacional, como a de alumínio, substância que o País é o quarto maior produtor e tem a quarta maior reserva.
Até 2040, a demanda global pelos minerais críticos – cobre, lítio, níquel, cobalto, grafita e terras-raras -deve aumentar mais de 80%, conforme a International Energy Agency (IEA). Por outro lado, dados do Ibram mostram que, entre este ano e 2029, os investimentos do setor no Brasil em projetos de minerais críticos devem somar em torno de US$ 24,5 bilhões, ou seja, menos do que a metade dos aportes previstos para o período, de US$ 68,4 bilhões.
Algo que pode atrair mais investimentos para o Brasil é a criação de uma política nacional de minerais críticos para a transição energética, prometida pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para sair ainda em 2025. Conforme Jungmann, o plano também é importante para clarear “se o País vai somente exportar os minerais críticos em estado bruto ou se vai avançar na cadeia” para produzir, por exemplo, as células de baterias.
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