Ministro dos Transportes projeta R$ 200 bilhões em investimentos rodoviários
O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), projeta R$ 200 bilhões de investimentos contratados em rodovias cedidas à iniciativa privada até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2026.
Ele esteve na B3 para o leilão do lote quatro de rodovias do Paraná, realizado, em São Paulo, nesta quinta-feira (23). O certame foi vencido pelo Consórcio Infraestrutura PR, composto por EPR Participações e o fundo de investimento Perfin.
Segundo o ministro, até o fim de 2025 vai acontecer um novo leilão rodoviário a cada semana. No próximo dia 30, será licitado mais um lote de estradas paranaenses.
“É um conjunto de leilões muito arrojado. É algo muito significativo que o país tenha feito 24 leilões desde o início de concessão, em 1998, até 2022 e nós vamos terminar este ano com 22 leilões e faremos mais 14 no ano que vem”, disse Renan Filho.
A última concessão deste ano será, de acordo com o Ministério dos Transportes, a Fernão Dias (BR-381), ligando São Paulo a Belo Horizonte.
Pelos números da pasta, as rodovias são responsáveis por R$ 200 bilhões dos R$ 300 bilhões de investimentos contratados por concessões no governo Lula. Os outros leilões são portuários, de aeroportos e conservação de florestas.
Em todos os certames na B3 com participação de ministros, eles têm batido na tecla de que a queda dos juros vai melhorar a condição para investimentos. Renan Filho disse isso nesta quinta-feira da mesma forma que o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), o fez na quarta-feira (22), na concessão do canal de acesso do porto de Paranaguá.
“Se a taxa de juros cair, facilita mais ainda, melhor. Mas não atrapalha decisivamente os projetos com esse novo arranjo que a gente tem feito. Debêntures de infraestrutura têm garantido que a gente eleve em muito o investimento a custos menores do que a taxa de juros de curto prazo. A leitura que o mercado faz é de uma taxa de longo prazo e são contratos de 30 anos”, completa.
Renan Filho citou o caso da empresa Pátria, que venceu o primeiro lote de rodovias do Paraná e conseguiu investimentos dos fundos soberanos de Singapura e Arábia Saudita. Estes são remunerados a taxas de 2% ao ano, menor do que a Selic atual no Brasil (15%).
Conteúdo distribuído por Folhapress
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