Economia

Mosaic paralisa produção de fosfato em Araxá, no Alto Paranaíba

A empresa americana informou ainda que suspendeu futuras compras da matéria-prima
Mosaic paralisa produção de fosfato em Araxá, no Alto Paranaíba
Foto: Divulgação Mosaic Fertilizantes

A Mosaic Company anunciou, nesta terça-feira (16), o início da paralisação da produção de superfosfato simples (SSP) na planta de Araxá, no Alto Paranaíba, e nas unidades de Fospar, no Paraná. A decisão decorreu de uma alta acentuada nos preços do enxofre.

A empresa americana, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados, informou ainda que suspendeu futuras compras da matéria-prima.

“A interrupção é momentânea e específica para a produção de super fosfato simples, visando adotar cautela em relação ao recente aumento nos preços do enxofre”, afirmou, em nota. “A Mosaic segue monitorando a evolução do mercado e os preços das matérias-primas e manterá atualizados os planos de produção conforme necessário”, ressaltou.

De acordo com a companhia, as decisões poderão ser revistas após 30 dias. Enquanto isso, durante o período, será concedido férias aos funcionários que atuam nas operações – o número de colaboradores não foi informado – e realizadas manutenções pontuais.

Paralisação em Patrocínio e especulações de venda de plantas

Cabe lembrar que, em outubro, a Mosaic decidiu interromper, a partir de 1º de novembro, por aproximadamente dois meses, as operações no complexo de mineração localizado no distrito de Salitre de Minas, no município de Patrocínio, também no Alto Paranaíba.

À época, a empresa disse que a parada estava relacionada à melhoria da gestão de estoques e entrega dos compromissos já assumidos, sem impacto ao mercado e à produção local.

Como parte da ação, a companhia declarou que concederia um regime especial de trabalho para os empregados que atuam dedicados a atividades como lavra de minério e estéril, britagem, expedição e descarga de materiais.

Na ocasião, fontes do mercado especularam que a interrupção poderia estar relacionada ao desejo da produtora de fosfatados e potássio combinados de negociar a venda de plantas.

Empresa negociou ativos em Patos de Minas e em Sergipe

Também vale recordar que, em janeiro, a Mosaic vendeu uma unidade de mineração de fosfato inativa em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, a Fosfatados Centro, por US$ 111 milhões em dinheiro. Na oportunidade, a vice-presidente de Operações da empresa, Karen Swager, explicou que a transação estava alinhada com a estratégia de revisar e monetizar ativos não essenciais, além de redirecionar capital para áreas com altos retornos.

O negócio foi concluído em outubro, como divulgado pela companhia, que espera registrar um ganho contábil referente à venda de US$ 80 milhões a US$ 90 milhões neste trimestre.

Além do ativo em Minas Gerais, a Mosaic negociou, em agosto, com a VLI Mineração, a Mosaic Potássio Mineração (agora, chamada Stratos Mineração), empresa que opera a única mina de potássio em funcionamento no Brasil, a Taquari-Vassouras, em Sergipe.

A compradora concordou em pagar US$ 27 milhões em dinheiro e assumir cerca de US$ 22 milhões em obrigações de desativação de ativos. A venda foi finalizada em novembro.

Na ocasião da conclusão, o CEO da Mosaic, Bruce Bodine, disse que a transação impulsiona a estratégia da empresa de valorizar sua atividade principal e realocar capital para oportunidades onde tem vantagem competitiva.

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