Economia

Movimento do comércio na RMBH ainda está devagar

Movimento do comércio na RMBH ainda está devagar
| Foto: Adão de Souza-PBH

Embora a abertura do comércio considerado não essencial tenha sido liberada, as lojas de shopping e varejistas em geral de Belo Horizonte e região ainda não sentiram os impactos. Após uma semana da liberação na maior parte das cidades que integram a Grande BH, lojistas ainda não registraram presença significativa dos consumidores, segundo informaram representantes do setor.

“Parece que o consumidor ainda está acuado, com medo. Não houve uma retomada significativa do movimento, mesmo com os protocolos de segurança nas lojas seguidos rigorosamente e indo além do que é exigido. Nossas esperanças estão depositadas nos Dias das Mães, considerada a melhor data para o comércio após o Natal”, informou o presidente da Associação dos Lojistas de Shopping Centers de Minas Gerais (Aloshopping), Alexandre Dolabella França.

Segundo ele, cerca de 10% das lojas de shopping faliram durante a pandemia. “O setor foi muito penalizado. Há ainda risco de mais falências, pois muitas lojas não estão conseguindo nem arcar com o aluguel”, informou. Conforme França, os shoppings têm negociado os valores individualmente. “Eles não estão isentando os comerciantes do pagamento dos aluguéis dos dias em que os comércios ficaram fechados. Alguns centros de compras estão dando desconto e outros estão postergando esse pagamento para julho”. Minas Gerais tem 2.800 lojas em shopping, que empregam cerca de 14 mil pessoas.

Comércio de rua

Nas lojas de rua, a percepção também é de um consumidor acuado ainda. “Os protocolos de segurança não permitem que as lojas fiquem cheias, mas, mesmo assim, o movimento ainda é fraco, de lojas bastante vazias. Mas estamos otimistas não apenas com a aproximação do Dia das Mães, mas também com a vacinação. Já há um público consumidor imunizado e, aos poucos, a segurança com a vacina vai chegando”, disse o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do estado de Minas Gerais (FCDL-MG), Frank Sinatra.

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Sinatra enfatizou que os comerciantes de lojas de rua também estão tendo dificuldades de arcar com os aluguéis. “Muitos estão ansiosos com a volta do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Há muito endividamento. Tivemos um alívio, por parte do governo do Estado, que determinou que não pode haver cortes em função do não pagamento de contas de energia e de água. Mas ainda precisamos de muito apoio para manter os empregos do setor”.

Os chamados serviços e comércios não essenciais ficaram sem funcionar presencialmente em Belo Horizonte e na maior parte das cidades da região metropolitana desde a primeira semana de março, em razão da elevada ocupação de leitos hospitalares em função da Covid-19. Com limitação de horário , academias, bares, clínicas de estética, lojas, restaurantes, salões de belezas e shoppings foram liberados ao funcionamento há uma semana.

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