MPEs geram menos empregos

Micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais fecharam setembro com uma queda de 13% no saldo de empregos em relação a agosto. No nono mês do ano, foram geradas no Estado 25.060 vagas ante 28.889 no mês imediatamente anterior. No comparativo com setembro de 2020, houve um aumento de 7%. No acumulado do ano, o saldo de empregos gerados pelas MPEs em Minas supera 200 mil vagas.

Os dados fazem parte de um levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Minas Gerais (Sebrae Minas), com base em informações do Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho. 

A pesquisa mostra que o setor de serviços manteve a média de 45% do saldo total de empregos nas MPEs em setembro em Minas, com 11 mil postos gerados. Na sequência, ficaram a indústria (6 mil), comércio (5 mil), construção civil (3 mil) e agropecuária (-179). 

Segundo a analista de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Gabriela Martinez,  com o avanço da vacinação, as contratações ganharam força, principalmente, no setor de serviços. 

Para Gabriela Martinez, para este fim de ano, a expectativa é a de que temporários virem efetivos. “Muitos empresários retomaram as atividades empresariais com o mínimo de funcionários até consolidarem a reabertura. Agora, muitos deles devem contratar para a demanda temporária e devem efetivar para essas vagas que estavam desocupadas desde 2020”, explicou.

BH é destaque nacional – Belo Horizonte foi a terceira capital que mais ofertou vagas de trabalho no Brasil, com 5,5 mil admissões, ficando atrás do Rio de Janeiro e São Paulo.

A pesquisa mostra ainda que a maioria dos contratados pelas MPEs em Minas em setembro é formada por homens, com um saldo de 13 mil vagas ocupadas, contra 11 mil preenchidas pelas mulheres. Os jovens entre 18 e 24 anos responderam por quase metade do saldo total de empregos nas MPEs em setembro.

Formalizações de MEIs – Os microempreendedores individuais (MEIs) em Minas Gerais chegaram a 1.442.119 em setembro, o que corresponde a 11% do total do País. No ano, de acordo com a pesquisa, o saldo acumulado de novos MEIs no Estado é de 164.205. Ainda segundo o Sebrae Minas, os MEIs representam mais de 60% dos negócios de pequeno porte no Estado.

“A retomada de várias atividades no Estado favoreceu esse crescimento, além, é claro, do MEI representar uma opção de renda, seja ela complementar ou não”, destaca Gabriela Martinez.

As cinco atividades com o maior número de formalizados como MEI foram as de cabeleireiro/manicure/pedicure, comércio varejista do vestuário e acessórios, obras de alvenaria, promoção de vendas e lanchonetes/casas de chá/sucos e similares. Juntas, elas reúnem 383.727  ou 27% do total de MEIs em Minas Gerais.