Economia

A cada dois novos empregos criados por MPEs do Simples, outro é gerado indiretamente

A pesquisa apontou ainda que a cada R$ 1 milhão de aumento no faturamento dessas empresas 16 novos empregos são criados
A cada dois novos empregos criados por MPEs do Simples, outro é gerado indiretamente
As MPEs são responsáveis por oito a cada 10 novas vagas de trabalho | Crédito: Alisson J. Silva / Arquivo DC

A cada dois empregos gerados pelas Micro e Pequenas Empresas (MPEs) do Simples Nacional, outro adicional é criado de forma indireta. É o que mostra um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

As empresas optantes do Simples, que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, são importantes geradoras de emprego e renda no Brasil. Elas são responsáveis por, aproximadamente, oito a cada 10 novas vagas de trabalho.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, explica que esse efeito multiplicador é causado pelo fato dos funcionários contratados pelas MPEs passarem a consumir em outros estabelecimentos e que, consequentemente, passam a ter a necessidade de contratar mais pessoas.

“Por esse e por outros motivos, o Simples tem um peso essencial na economia brasileira. São cerca de 20 milhões de pequenos negócios optantes por esse sistema tributário”, comenta.

A pesquisa também revelou que a cada R$ 1 milhão de aumento no faturamento dessas empresas são criados, em média, 16 novos empregos. No caso dos setores da Construção Civil e do Comércio, os números são ainda mais relevantes, com 21 e 20 novos empregos gerados, respectivamente.

Na visão de Lima, o Simples devolve para a sociedade o tratamento diferenciado destinado aos pequenos negócios. Ele conclui que a prioridade dada às empresas do Simples é algo que vale a pena.

O estudo ainda analisou a quantidade de empreendimentos optantes pelo Simples de acordo com a faixa de faturamento. Das 4,2 milhões de MPEs que declararam seu faturamento anual, apenas 14.336, ou 0,3% do total, estão na última faixa de faturamento, que vai de R$3,6 milhões até R$ 4,8 milhões.

“Um possível aumento no teto de faturamento será um estímulo ao crescimento dessas empresas e, consequentemente, permitirá um aumento na geração de empregos e na economia como um todo, com pouco, ou nenhum impacto na arrecadação, dado que, proporcionalmente, as empresas do Simples pagam mais impostos do que as dos outros regimes”, esclarece o presidente do Sebrae.

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