Economia

MRV&Co bate o recorde no valor de vendas no 1º trimestre

MRV&Co bate o recorde no valor de vendas no 1º trimestre
Vendas da construtora somaram R$ 1,6 bilhão no primeiro trimestre | Crédito: Bruno Correa / NITRO

A maior valorização da casa própria e o déficit de habitação foram alguns dos fatores que contribuíram para os avanços dos números da MRV&Co no primeiro trimestre deste ano.

De acordo com a prévia operacional divulgada ontem pela companhia, os lançamentos de imóveis no período corresponderam a R$ 1,7 bilhão em valor geral de vendas (VGV) e 9.996 unidades, maior volume para um primeiro trimestre da história da empresa. O número representa alta de 58% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Os dados da companhia também revelam que as vendas líquidas chegaram a R$ 1,6 bilhão e 9.740 unidades. O resultado foi o segundo melhor para um primeiro trimestre na história da empresa.

Diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da MRV&Co, Ricardo Paixão ressalta que se vê atualmente uma demanda grande por imóveis, em um cenário em que a casa própria, inclusive, é algo mais valorizado, uma vez que as pessoas passam mais tempo em seus lares por conta da pandemia da Covid-19.

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Além de o cenário estar propício para as vendas e os lançamentos de imóveis, houve alguns gargalos em aprovação de projetos no ano passado por conta da pandemia, o que também ajudou a aumentar o volume de lançamentos no último trimestre, conforme conta Paixão.

Ainda, a maior compra de terrenos nos últimos três anos também ajudou a alavancar os números de imóveis novos. “A demanda continua forte pelos imóveis. As pessoas continuam precisando de habitação”, diz ele.

Os números da MRV&Co também mostram que houve uma evolução de 65% da chamada venda garantida. Nesse caso, a venda somente é contabilizada depois do repasse efetivo do cliente ao banco, o que ajuda a explicar alguns números registrados como negativos, como a queda no VGV no primeiro trimestre de 3,2% em comparação a igual período do ano passado e de 20,4% em relação ao trimestre anterior.

“Devido à dinâmica de repasses observada no 1T21 (primeiro trimestre) foram registradas 3.897 vendas garantidas, assinadas com os clientes, mas não repassadas dentro do próprio trimestre. Em consequência, o volume total de vendas registradas foi aquém do volume efetivamente vendido no período”, informa a companhia. Trata-se de um efeito natural da implementação das Vendas Garantidas, observado também no quarto trimestre de 2020, quando forma 1.200 unidades, de acordo com a construtora.

O VGV dos lançamentos também apresentou queda no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre do ano passado, de 19,6%. Segundo Paixão, nesse caso, trata-se de fatores sazonais.

Expansão – Quando o assunto são os objetivos da companhia para este ano, o diretor da MRV&Co destaca que os planos são de crescimento tanto em relação a lançamentos quanto no que diz respeito ao volume de vendas.

No entanto, ressalta ele, também existem os desafios a serem superados. “Temos desafios macroeconômicos. Não se sabe, por exemplo, como vai ficar a taxa de desemprego, o crescimento da renda”, diz ele.

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