Economia

Mudança de emprego é maior entre mais jovens, aponta estudo

De acordo com o estudo Marca Empregadora da Randstad, o índice de mudança de emprego entre os mais jovens é de 18%
Mudança de emprego é maior entre mais jovens, aponta estudo
37% dos profissionais no Brasil trocariam ou teriam intenção de mudar de emprego para melhorar o equilíbrio em suas vidas | Crédito: Pedro Ventura / Agência Brasília

No Brasil, a tendência de maior troca de emprego é mais comum entre os profissionais mais jovens. Entre aqueles com faixa etária entre 18 e 24 anos, o Índice de Mudança de Emprego se destaca com variação positiva de 18%, enquanto o nível de pretensão de mudança de emprego dessa população é de 36%.

É o que mostra a edição 2023 do estudo Marca Empregadora da Randstad, líder global em recrutamento e soluções de recursos humanos. Para efeito de comparação, o indicador de mudança de emprego entre os profissionais mais velhos (55 a 64 anos) é de apenas 7% e o de pretensão de mudança está em 20%.

“A tendência job hopping – que se refere principalmente aos profissionais que mudam de emprego com frequência e voluntariamente -, cresce exponencialmente e tem sido mais comum entre os jovens brasileiros”, conclui o diretor de Negócios da Randstad Brasil, Diogo Forghieri.

Motivação para mudar de emprego

O estudo global da Randstad também apontou que 37% dos profissionais no País afirmaram que trocariam ou teriam intenção de mudar de emprego para melhorar o equilíbrio em suas vidas.

Nos últimos seis meses, 14% dos brasileiros já deixaram seu empregador recentemente. Já 30% afirmaram ter planos de mudar de emprego nos primeiros meses do ano. Entre os que mudaram recentemente, 40% têm medo de perder o emprego, sendo que 30% deles se declaram como muito preocupados.

Outros 31% dos profissionais brasileiros se preocupam em perder o emprego atual, o mesmo índice de 2022, especialmente mulheres (33%) e pessoas de baixa escolaridade (35%). Cerca de 37% desses profissionais pretendem mudar de empregador em um futuro próximo.

Além do equilíbrio, a pesquisa ainda mostra que a remuneração muito baixa devido ao aumento do custo de vida (35%) e falta de oportunidades de crescimento profissional (32%) são outros aspectos que também geram essa procura por novas oportunidades.

Trabalho remoto

O levantamento que ouviu mais de 163 mil pessoas em 32 países ainda aponta que as empresas alteraram seu modelo de trabalho em direção a modelos menos flexíveis no último ano, contrariando as preferências dos profissionais.

A taxa de pessoas que trabalhavam integralmente de forma remota passou de 33%, em 2021, para 16% em 2023. O modelo de trabalho híbrido também apresentou recuo nesse período, passando de 29% para 23%. Já o formato presencial foi o único com aumento, de 17% para 34% neste ano.

Para o diretor de Negócios da Randstad Brasil, o trabalho remoto é um fator significativo que pode influenciar a percepção dos colaboradores sobre o apoio de seu empregador ao equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

Em sua visão, as empresas que escolherem modelos menos flexíveis tendem a sofrer com queda no engajamento, o que pode resultar na busca por oportunidades que tenham mais aderência aos perfis dos profissionais.

“Para evitar perder talentos para o mercado, algo crítico num cenário de escassez de talentos qualificados como o que vivemos, as companhias devem manter-se continuamente atentas às necessidades e demandas de sua força de trabalho, de forma a ajustar a proposta de valor ao colaborador e, consequentemente, fortalecer sua marca empregadora”, completa.

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