Otimismo predomina no comércio de Minas para o Natal 2025
Os comerciantes mineiros estão animados para o Natal. Mais da metade deles (52%) espera vendas melhores do que as do ano passado e 19,2% mantêm expectativas de vender tal como venderam em 2024 (veja os dados abaixo). As conclusões são da pesquisa Expectativa de Vendas Natal 2025, realizada pela Federação do Comércio, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG), entre os dias 3 e 10 de novembro, e divulgada nesta terça-feira (18).
A economista da entidade, Gabriela Martins, lembrou que o Natal é uma das principais datas comemorativas do ano e, mesmo com desafios para o momento atual, como o alto endividamento das famílias e o encarecimento do crédito devido às altas taxas de juros, as estratégias adotadas pelos empresários farão diferença para garantir o aquecimento das vendas no período.
“A diversidade de produtos, o atendimento diferenciado e a facilidade de pagamento podem atrair até mesmo o consumidor mais cauteloso, fazendo com que as expectativas positivas dos comerciantes se superem por mais um ano consecutivo”, declarou Gabriela Martins.
Expectativa para as vendas (2025 x 2024) entre as empresas impactadas pela data em Minas
- 52%: melhores;
- 19,2%: iguais;
- 17,7%: piores;
- 8,2%: não tem impacto;
- 2,9%: não respondeu ou não sabe (NR/NS).
Expectativas positivas x expectativas negativas
Entre os entrevistados, 52% esperam vendas superiores às de 2024. Os principais motivos apontados para esse otimismo são*:
- 52,3%: expectativa/confiança;
- 22,7%: valor afetivo da data;
- 19,4%: aquecimento do comércio;
- 9,3%: décimo terceiro salário;
- 6,9%: melhora na economia;
- 4,6%: ações promocionais;
- 3,7%: ações da loja;
- 1,9%: taxa menor de desemprego.
* As respostas ultrapassam 100% porque os entrevistados puderam eleger mais de uma alternativa.
Já 17,7% dos entrevistados têm expectativa de piora na comercialização no período natalino. Os fatores apontados por eles são:
- 43,8%: comércio fraco/queda nas vendas;
- 27,4%: endividamento do consumidor;
- 27,4%: situação econômica do País;
- 8,2%: consumidor mais cauteloso;
- 8,2%: preço alto dos produtos;
- 4,1%: concorrência desleal.
Os empresários também foram ouvidos sobre a expectativa para o último trimestre de 2025. Sobre isso, 50,6% disseram acreditar que será melhor que o último trimestre do ano passado, sendo que 25,9% esperam resultado igual ao de 2024, quando 78,7% obtiveram fechamento satisfatório.

Medidas para alavancar as vendas no período
O levantamento Expectativa de Vendas Natal 2025 também apontou as medidas que podem ser adotadas (ou não) pelos comerciantes para alavancar as vendas no período de festas. Veja os dados:
- 29,5%: promoções/liquidações;
- 29%: atendimento diferenciado;
- 8,1%: brindes/sorteios/premiações;
- 7,8%: não irá realizar ações;
- 6,3%: NR/NS;
- 5,5%: descontos;
- 5,2%: diversidade do mix de produtos;
- 4,4%: não planejaram;
- 4,4%: visibilidade da loja;
- 1,6%: ações em período prolongado;
- 1,6%: capacitação de funcionários;
- 1,6%: contratação de funcionários temporários;
- 1%: outros;
- 0,8%: crédito facilitado.
O estudo da Fecomércio MG ainda levantou que, em relação aos estoques, 50,4% das empresas já fizeram os pedidos, mas ainda não receberam as encomendas; 23,5% receberam as compras; 21,7% não realizaram pedidos; e 4,4% não souberam ou não responderam.
Veja mais: Preço de produtos para a ceia de Natal sobe em Belo Horizonte; panetones e carnes puxam alta
Outros dados da pesquisa para o Natal 2025
Quais os produtos/presentes acredita que devam ter maior saída?
Com exceção dos produtos atribuídos à linha alimentícia, que têm as vendas estimuladas no Natal, a pesquisa mostra que roupas e acessórios são os que devem ter maior saída, na opinião do empresário do comércio.
- 17,5%: roupas;
- 11,5%: carnes;
- 10,7%: produtos alimentícios;
- 9,9%: acessórios;
- 9,1%: calçados;
- 8,6%: bebidas;
- 6,8%: perfumes;
- 6,5%: móveis;
- 5,5%: produtos farmacêuticos;
- 4,4%: cama, mesa e banho;
- 3,9%: combustíveis e lubrificantes;
- 3,1%: brinquedos;
- 2,3%: kit/cestas de alimentos;
- 2,1%: kit/cestas de presentes;
- 2,1%: utensílios domésticos;
- 1,8%: eletroeletrônicos;
- 1,6%: cosméticos;
- 1,6%: joias e bijuterias;
- 1,3%: games;
- 1,3%: tecidos;
- 1%: bicicletas, patins e afins;
- 1%: outros;
- 0,8%: produtos escolares;
- 0,5%: computadores;
- 0,5%: eletrodomésticos;
- 0,5%: livros;
- 0,5%: informática.
Gasto médio esperado por consumidor
- 18,8%: de R$ 70,00 a R$ 100,00;
- 18,5%: NR/NS;
- 15,7%: de R$ 100,00 a R$ 200,00;
- 11,5%: de R$ 200,00 a R$ 300,00;
- 11,0%: de R$ 50,00 a R$ 70,00;
- 9,4%: de R$ 300,00 a R$ 500,00;
- 5,7%: de R$ 30,00 a R$ 50,00;
- 4,4%: acima de R$ 1.000,00;
- 3,7%: de R$ 500,00 a R$1.000,00;
- 1,3%: até R$ 30,00.
Forma de pagamento mais esperada
- 37,9%: cartão de crédito – parcelado;
- 26,9%: Pix;
- 11,7%: cartão da loja – parcelado;
- 11,2%: cartão de crédito – à vista;
- 5,7%: cartão de débito;
- 2,9%: dinheiro;
- 1,8%: crediário/carnê;
- 1%: NR/NS;
- 0,8%: cartão da loja – à vista.
Pesquisa tem intervalo de confiança de 95%
De acordo com a Fecomércio MG, a pesquisa Expectativa de Vendas Natal 2025 ouviu representantes de 417 empresas do comércio, sendo pelo menos 39 em cada região de planejamento (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Zona da Mata, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas e Triângulo). A amostra avaliada tem margem de erro da ordem de 5% e intervalo de confiança de 95%.
Ouça a rádio de Minas