Economia

Com Natal, comércio de Belo Horizonte deve movimentar R$ 2,5 bilhões

Montante é maior 0,34% frente a 2022
Com Natal, comércio de Belo Horizonte deve movimentar R$ 2,5 bilhões
Comércio varejista da Capital tem expectativas positivas para período natalino deste ano | Crédito: Divulgação/Tempore

Em dezembro, o faturamento com as vendas do comércio varejista de Belo Horizonte, que é estimulado principalmente pelo Natal, deve chegar a R$ 2,5 bilhões, superando em 0,34% o valor registrado em igual mês de 2022. Em relação às compras de Natal, na Capital, os consumidores devem adquirir até três produtos para a data, o que vai gerar, então, um investimento médio de R$ 526,28. O valor supera em 7% os R$ 492 registrados no ano passado. Os dados são da pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH),

Conforme o  presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, as expectativas do comércio para o período natalino são muito positivas. Fatores como a queda do desemprego e da inflação e o aumento da massa salarial das famílias vão ajudar o comércio a registrar um resultado mais  favorável que o do Natal de 2022.

“Neste Natal, nossa pesquisa apontou para um aumento de 7% no tíquete médio de compras do consumidor, que pretende, então, comprar até três presentes e investir R$ 526,28. A movimentação das vendas no último mês do ano deve chegar a R$ 2,5 bilhões na Capital. É um valor muito importante para a gente continuar com o crescimento do comércio, dos serviços e gerando mais empregos na Capital”.

Ainda segundo Souza e Silva, a alta de 0,34% esperada no faturamento com as vendas é boa e acontece sobre uma base de comparação já positiva.

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“Tivemos os dois últimos anos de vendas fortes no Natal e vamos crescer também em 2023. Demonstrando, assim, a retomada da economia após os impactos das pandemias. A queda da inflação, do desemprego e o aumento da massa salarial das famílias vão contribuir para o resultado”. 

Compras de Natal

O Natal, que é a melhor data para o comércio, é a comemoração onde os consumidores estão mais dispostos a presentear devido ao apelo emocional. Assim, há um grande estímulo para a compra de presentes. Conforme a pesquisa da CDL/BH, os principais homenageados serão os filhos ou enteados, mães, madrastas, pais, padrastos e irmãos. 

Entre os itens mais citados pelos consumidores, os mais buscados serão as roupas (67,6%), brinquedos (36%) e calçados (20,9%). Também haverá procura por acessórios – joias, relógios, óculos, malas, bolsas e mochilas – (13,4%), e cosméticos (9,9%).

Os dados da pesquisa mostram que o tíquete médio dos presentes que tendem a ser os mais procurados será de R$ 131,29 para roupas, e para brinquedos, de R$ 131,29. Em seguida, vêm os acessórios, com uma média de R$ 112,50; calçados, R$ 168,40, e cosméticos, R$ 179,26. 

Para comprar os presentes, a maior parte dos consumidores ouvidos pretende fazer o pagamento à vista (72,3%). Dentre os que vão adquirir os presentes por meio do pagamento à prazo (27,3%), a conta será dividida em até quatro parcelas.

“Houve um crescimento de 11,1% na intenção de pagamento à vista. Mostrando, então, que o consumidor está mais cauteloso. A adoção do pagamento à vista também se deve ao início do ano concentrar o pagamento de diversas contas, como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar”, explicou Souza e Silva. 

Comércio: lojas físicas serão as preferidas para as compras de Natal

Conforme o levantamento da CDL/BH, grande parte dos consumidores, 46,5%, irá comprar os presentes em lojas físicas. Dentre as opções, as lojas de rua do hipercentro de Belo Horizonte serão as mais buscadas pelos consumidores (43,1% dos entrevistados), seguidas pela internet (28,5%) e shopping center (22,5%). A Feira Hippie será a opção de 2,4%, e os pequenos comércios, de 2% dos entrevistados.

A tendência é que haja uma concentração maior de vendas (50,4%) na semana do Natal, quando a maior parte dos trabalhadores receberá o 13º salário. Já 30,7% dos consumidores entrevistados disseram que pretendem adquirir os presentes com, pelo menos, 15 dias de antecedência.

Lojistas estão otimistas

Quanto aos lojistas, 49,5% acreditam que o Natal de 2023 será melhor que o passado. Os comerciantes irão implantar várias ações e, assim, atrair os consumidores, fidelizar e realizar as vendas. Entre elas, está a flexibilização ou facilitação para  o pagamento, opção adotada por 70% dos lojistas. Destaque também para a variedade de produtos nas lojas, 69,5%, decoração da loja, 67%, divulgação dos produtos, 67%, e descontos, 6%.

Na perspectiva dos comerciantes, 62% dos consumidores devem gastar o mesmo que no ano passado; 23,5% irão aumentar o investimento, e 14,5% vão diminuir.

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