Economia

Natal deve injetar R$ 2,55 bilhões na economia de Belo Horizonte

Pesquisa da CDL/BH mostra aumento no tíquete médio e preferência pelas compras presenciais; expectativa positiva é de crescimento de 0,9% em dezembro
Natal deve injetar R$ 2,55 bilhões na economia de Belo Horizonte
Foto: Reprodução AdobeStock

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) espera que o Natal impulsione as vendas do varejo na cidade, com previsão de um crescimento de 0,9% no mês de dezembro em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que R$ 2,55 bilhões sejam injetados na economia da capital mineira no último mês do ano, ante os R$ 2,53 bilhões do ano passado.

Segundo o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, as expectativas são positivas. “O setor de comércio e serviços encerra o ano com resiliência e recuperação, projetando perspectivas positivas para 2026”, diz.

De acordo com a pesquisa realizada pela CDL/BH, o consumidor está disposto a ir às compras e mantém preferência pelo comércio físico. “É uma característica do mineiro pesquisar pela internet, mas ir até as lojas para efetuar as compras”, afirma Silva.

O levantamento da entidade mostra que metade dos consumidores vai presentear na data este ano e, desse total, 82,6% dos consumidores pretendem comprar nas lojas. Os shoppings lideram a preferência (34,7%), seguidos pelas lojas de rua (32,6%) e e-commerce (19,4%).

Quanto à forma de pagamento, a pesquisa mostra que o consumidor está mais organizado financeiramente, já que 63,3% pretendem pagar à vista. “Eles querem pagar à vista. O pagamento à vista dá mais segurança ao consumidor e reduz a inadimplência. Para o lojista, também é positivo, pois aumenta o giro de caixa e a margem de negociação”, afirma o presidente da CDL/BH.

No entanto, ao ouvir os empresários, a maioria (64%) acredita que a maior concentração de compras será a prazo. “O lojista, com a experiência que tem, percebe que, na hora da venda, o consumidor, mesmo com a intenção de comprar à vista, acaba parcelando e quer um prazo quando o preço à vista é o mesmo”, explica o presidente da CDL/BH.

Consumidor de BH pretende gastar 80% a mais no presente de Natal

Ainda conforme o levantamento, a intenção de compra dos consumidores é que o presente custe, em média, R$ 467,04, um aumento de 80% em relação ao ano passado, quando o gasto médio esperado por presente era de R$ 258,51.

Os itens mais procurados seguem a tendência dos últimos anos, com destaque para: roupas (57,1% das intenções); brinquedos (26,5% das intenções); calçados (20,4% das intenções) e cosméticos (17,3% das intenções).

Nesse caso, o presidente da CDL/BH comenta que a renda real em alta e a confiança do consumidor acabam impulsionando o setor. Porém, não desconsidera que a dificuldade de acesso ao crédito e a inflação “um pouco fora de controle” ainda são impactos que vêm sendo trabalhados para amenizar os resultados negativos para alguns comerciantes.

“O empreendedor acaba assumindo parte desses impactos, o que é ruim, pois ele deixa de investir no negócio e de contratar mais pessoas”, diz Silva.

Outro desafio levantado pelo dirigente é a dificuldade de mão-de-obra. No entanto, o momento é oportuno para efetivar trabalhadores. “Os trabalhadores temporários são uma oportunidade para o setor efetivar essa mão-de-obra tão escassa no setor de comércio e serviços”, defende.

Apesar do aumento do tíquete médio, quase metade (45,5%) dos entrevistados na pesquisa alegou que não pretende comprar presentes neste ano. O principal motivo apontado é a alta dos preços.

Para o presidente da CDL/BH, esse resultado revela a necessidade de políticas econômicas estáveis e maior previsibilidade para as famílias. “O consumidor está claramente sensível aos aumentos de preços. Mesmo assim, o comércio de Belo Horizonte segue forte, mostrando capacidade de adaptação e oferecendo alternativas para diferentes perfis de compra”.

CDL/BH aposta no 13º salário para fomentar as vendas

O pagamento do 13º salário dos servidores em dia está sendo, na visão do presidente da CDL/BH, um fomento aos bons resultados do varejo. Conforme o dirigente, os pagamentos sendo efetivados completamente antes do dia 20 garantem às pessoas mais tranquilidade para ir às compras e geram impactos positivos para o setor.

“Aqui eu faço um agradecimento especial ao prefeito Álvaro Damião (União Brasil) e ao governador Romeu Zema (Novo), que vão fazer o pagamento o 13º antes do dia 20. E aproveito para solicitar ao setor privado que, se puder, também paguem o 13º antes do dia 20, para que as pessoas possam ir às compras”.

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