Nexa investe em projeto para transformar área da mina de Vazante em polo sustentável
Com vida útil estimada até o início da década de 2030, a mina de Vazante, no Noroeste de Minas Gerais, explorada pela Nexa Resources desde os anos 1980, vem recebendo atenção e investimentos da mineradora e metalúrgica para o reaproveitamento de pelo menos 80% de suas terras para uso sustentável no município. A ação é conduzida por meio do projeto Vazantes Mineiras, classificado pela empresa como pioneiro por aliar inovação, pesquisa, turismo ecológico e outras frentes.
De acordo com o gerente-geral de ESG, Saúde, Segurança e Meio Ambiente da Nexa, Adriano Soares, lançado em 2021, o projeto busca contribuir para o desenvolvimento econômico futuro da cidade, de cerca de 20 mil habitantes, por meio de uma nova abordagem conceitual: a economia regenerativa, que potencializa a geração de renda considerando a vocação, os costumes e as características sociais, políticas e econômicas da comunidade local.
Segundo ele, o grande diferencial da iniciativa é que a economia regenerativa não se limita a valores econômicos e de sustentabilidade, mas também na restauração e renovação de ecossistemas, buscando desenvolver as comunidades e economias locais com foco no plano de fechamento da mina.
“O Vazantes Mineiras busca ir além do que prevê a lei: estabelecer um modelo de desenvolvimento econômico que aproveite as áreas disponibilizadas pela Nexa para melhor aproveitamento financeiro, ambiental e social. Entendemos que é o melhor que podemos oferecer, além da recuperação ambiental e, mais do que isso, antecipando esse processo antes mesmo do fechamento da planta. Com isso, temos a oportunidade de gerar empregos diretos desde já, e certamente muitos outros indiretos surgirão”, afirma.
O projeto abrange um território de mais de 3 mil hectares da Nexa no município de Vazante, sendo 20% destinado à mineração e 80% composto por áreas verdes. Dentro desse espaço, há uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de aproximadamente 450 hectares; 11 áreas de Reserva Legal que somam 351 hectares; e 19 Áreas de Preservação Permanente, totalizando 282 hectares.
“Essas áreas protegidas estão sendo utilizadas para pesquisas e atividades de turismo e educação ambiental. Para plantio e produção, está destinada uma área verde de aproximadamente 1,6 mil hectares”, complementa o executivo.
Como parte da estrutura, o projeto conta com o Centro de Estudos e Pesquisas (CEP), espaço destinado ao desenvolvimento e à implantação das ações. Além disso, foi firmada uma parceria de incentivo à pesquisa com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), para condução do estudo “Levantamento Florístico de Áreas de Reserva da Nexa-Vz”.
“O Centro de Ensino e Pesquisa serve como base para receber não apenas pesquisadores, mas também estudantes, visitantes e a própria comunidade, algo que já acontece rotineiramente. O centro é o ponto de apoio para o desenvolvimento do projeto e funciona como sede principal”, explica Soares.
Já a parceria com a UFU, segundo o gerente-geral, tem como foco o estudo florístico das áreas, que fornecerá informações para o desenvolvimento de novas pesquisas a partir dessa base.
Entre as ações já em execução estão a criação de gado para melhoramento genético, a construção de um viveiro para produção de mudas destinadas ao reflorestamento e o reaproveitamento de estéril e rejeitos com agregados de concreto na construção civil, por exemplo.
Destaca-se ainda o plantio de agroflorestas, com cultivo de café, frutas do Cerrado e práticas de agricultura regenerativa. Também está em análise a possibilidade de implantar energia solar, produzir biocombustíveis e processar castanhas do Cerrado.
Por fim, no eixo do turismo, o Vazantes Mineiras também tem como objetivo integrar a rota turística do município, valorizando as vocações e potencialidades histórico-culturais da cidade. O projeto, que oferece trilhas interativas, já recebeu 354 visitantes em 2025 e tem como meta alcançar mais de 500 pessoas por ano.
*A editora viajou para Salvador a Convite da Nexa
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