Economia

Novo presidente do BDMG aposta na recuperação da economia mineira

Novo presidente do BDMG aposta na recuperação da economia mineira
Novo presidente do BDMG (esq.), Sérgio Suchodolski, indicado em fevereiro, foi apresentado pelo governador em exercício Paulo Brant - Créditos: Renato Cobucci / Imprensa- MG

MARA BIANCHETTI e THAÍNE BELISSA*

O tema “relançamento da economia mineira” dominou os discursos durante a posse do presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Sérgio Gusmão Suchodolski, na sexta-feira (5).

Durante o evento, o novo gestor destacou que sua aposta será nas novas tecnologias para garantir um banco forte e ajudar a economia do Estado a se reerguer. Já o governador em exercício, Paulo Brant, lembrou que Minas Gerais tem potencial para sair melhor da crise e que o BDMG tem grande participação nesse processo de recuperação.

O novo presidente do BDMG foi indicado ao cargo pelo governo do Estado no fim de fevereiro. De acordo com informações da assessoria do governo, a indicação seguiu os mesmos critérios adotados na escolha dos demais dirigentes do Executivo estadual: avaliação de currículos e processo de seleção.

Em seu discurso de posse, o novo presidente falou sobre os desafios no cenário econômico do Estado, mas garantiu que o BDMG terá eficiência para transformar isso em oportunidade.

“O banco tem por missão alavancar o crescimento regional e é um importante braço financeiro a serviço do desenvolvimento de Minas Gerais. Temos hoje uma carteira de mais de 20 mil clientes espalhados pelos quatro cantos do Estado, marcando presença em 88% dos 853 municípios. São inúmeras as oportunidades em um cenário econômico desafiador, que exige criatividade e austeridade com as despesas”, declarou.

Em entrevista à imprensa, quando questionado sobre o poder de auxílio do banco no escalonamento da verba devida pelo Estado aos municípios, Suchodolski reforçou a ideia de que a instituição está comprometida com o crescimento do Estado.

“O BDMG vai ajudar, e muito, no relançamento da economia mineira e na melhoria dessas circunstâncias atuais”, disse.

Sobre o foco em novas tecnologias, o presidente afirmou que se trata de um reposicionamento do banco para acompanhar as inovações no mercado. Segundo ele, as novas tecnologias facilitarão o acesso às linhas de financiamento e manterão a instituição “na vanguarda e não na retaguarda”.

“Não dá mais para pensar que daremos saltos de eficiência com as atuais tecnologias e métodos de trabalho. É necessário trabalhar com práticas no estado da arte, com inovação, coragem e com as mangas da camisa arregaçadas. Novas tecnologias são fundamentais para o banco ganhar escala e eficiência. E, para tanto, precisamos nos manter conectados com os fortes ecossistemas de startups mineiro e brasileiro”, reforçou.

Paulo Brant também usou a expressão “relançamento da economia mineira” para falar sobre a importância do BDMG para o Estado. “Esse banco tem gente qualificadíssima, tradição bancária e uma história não só de competência, mas de uma instituição republicana. O banco terá um papel crucial nesse processo. Se a gente conseguir criar, aqui em Minas, um ambiente de negócios, segurança jurídica e gerar bons projetos, nós vamos certamente sair dessa crise muito melhor do que entramos”, destacou.

Ele também comentou o foco em tecnologia na nova gestão do BDMG. Para o vice-governador, a inovação é um dos caminhos para o Estado sair da crise.

“Não é apenas digitalizar processos, é muito mais do que isso. Nós temos que repensar Minas Gerais a partir das possibilidades que estão abertas. E o BDMG é um espaço exuberante para isso”, finalizou.

Currículo – Suchodolski é bacharel em Direito pela Universidade de São Paulo, tem mestrado em Direito pela Harvard Law School, nos Estados Unidos, e mestrado nas áreas de Comércio Internacional, Economia e Ciências Políticas pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, na França.

Ele foi diretor-geral do Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank) de Xangai, na China; vice-presidente da Continental Grain Company – Arlon Capital Partners, grupo de investimentos com sede nos Estados Unidos; atuou na área de Política Comercial da Embaixada do Brasil em Washington; foi superintendente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); chefe da Assessoria Internacional da Presidência da República; e supervisor de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

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