Número de beneficiários de planos odontológicos sobe 10% em Minas Gerais
O setor de planos exclusivamente odontológicos em Minas Gerais registrou um aumento de 289.409 novos beneficiários em outubro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2023. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número total de usuários no Estado ultrapassou 3 milhões, o que representa um acréscimo de 10,53% no período.
O presidente da Associação Brasileira de Planos Odontológicos (Sinog), Roberto Cury, explica que esse avanço reflete a estratégia de atração de empresas para Minas e o vigor da economia estadual. Ele também destaca que o segmento de planos odontológicos tem apresentando um crescimento médio de 7,5% nos últimos anos. O Sinog representa 72% do mercado.
“Até dezembro, pelas nossas projeções, deveremos ter aproximadamente 35 milhões de beneficiários. Deste montante, 7 milhões são provenientes de planos individuais ou familiares. A grande maioria dos beneficiários é proveniente de planos empresariais”, avalia.
Tíquete médio e expansão de canais de venda impulsionam crescimento
Segundo o Cury, esse aumento dos planos odontológicos está sendo impulsionado por fatores como acessibilidade financeira e facilidade de aquisição, além de uma crescente conscientização sobre a importância da saúde. Hoje o tíquete médio mensal é de aproximadamente R$ 19.
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“Além disso, a oferta crescente de canais de comercialização, com parcerias entre as operadoras, bancos e lojas de varejo, impulsionou o crescimento”, completa.
Outro ponto destacado pelo presidente do Sinog é a importância das vendas on-line para o setor. Segundo ele, a internet tem facilitado a pesquisa e a contratação dos planos. Informações como coberturas oferecidas, redes credenciadas, carências, preço e meios de pagamento podem ser consultadas sem sair de casa.
O presidente da Sinog ressalta que esse crescimento no número de usuários de planos odontológicos em Minas tem gerado um impacto extremamente positivo para as empresas que atuam nesse segmento.
Ele destaca a valorização das operadoras – que apresentam um sinistro controlado por volta de 40% em sua maioria –, o baixíssimo número de reclamações e o alto grau de satisfação dos usuários como alavancas do setor, além dos lucros crescentes com a atração cada vez maior de investidores e fundos que buscam entrar no mercado.
Expectativas do setor para o futuro
De acordo com Cury, a expectativa para os próximos anos é de que o setor continue crescendo e alcance, em até seis anos, o número de beneficiários de planos médicos que, atualmente, reúne 52 milhões de usuários.
O presidente da Sinog explica que essa estimativa está baseada no fato de o setor apresentar um crescimento médio superior, sendo 7% contra apenas 1,5% dos planos médico-hospitalares.
Ele também ressalta alguns desafios que o segmento de planos odontológicos deverá enfrentar nos próximos anos e que podem dificultar o avanço dos planos individuais e familiares. Dentre esses fatores, está a cultura imediatista do brasileiro.
“Ele ainda não enxerga a saúde bucal como um cuidado para o longo da vida. O comportamento de compra nos planos odontológicos é fazer o tratamento e parar de pagar”, frisa.
Ainda segundo Roberto Cury, o processo de mudança dessa visão e comportamento é algo demorado. Mas ele acredita que com a disseminação de informações sobre a facilidade da contratação e esclarecimento sobre a importância da saúde bucal, o setor tenha um crescimento ainda mais vigoroso.
Cury também ressalta as vantagens que o investimento em planos odontológicos pode gerar. “Investir em planos odontológicos proporciona um excelente custo-benefício para empresas e para a população, garantindo acesso a tratamentos de qualidade em todo o território nacional”, conclui.
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