Economia

Obras de aeroporto de Governador Valadares devem ser retomadas

Previsão é que novos projetos sejam apresentados até maio; em 2022 empreiteira pediu distrato alegando custos
Obras de aeroporto de Governador Valadares devem ser retomadas
Crédito: JanRichard / stock.adobe.com

Os novos projetos de retomada das obras de reforma do Aeroporto Coronel Altino Machado, em Governador Valadares, na região Leste de Minas Gerais, devem ser apresentados até maio deste ano. É o que diz o gerente de terminais do aeroporto, Thiago Carvalho Lopes.

O gerente lembra que no início do ano passado a então empreiteira responsável pela reforma do terminal acabou pedindo distrato alegando aumento nos custos do projeto, que inicialmente era orçado em R$ 36 milhões, deixando as obras com apenas 25% de conclusão.

Lopes revela que os novos projetos de reforma do aeroporto, tanto o “lado terra” (destinada aos passageiros, como o terminal) quanto o “lado ar” (destinado às aeronaves, como a pista), já estão sendo elaborados pela empresa Viavoz e devem ser concluídos e apresentados para análise da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) até maio.

Assim que esses projetos forem aprovados à SAC, a prefeitura estará autorizada a dar início à fase de licitação para contratação de uma nova empreiteira que reiniciará os trabalhos de ampliação do aeroporto de Governador Valadares.

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Quanto ao número de voos, o gerente explica que isso depende muito da demanda por parte das companhias aéreas, mas relatou que o aeroporto costuma receber entre dois e três voos diários e, após a conclusão das obras, esse número pode chegar a 15 voos por dia. Ele também revelou que já foram realizadas reuniões com as companhias aéreas Latam e Gol para passarem a atuar na cidade. Atualmente, apenas a Azul opera no local.

Já sobre o número de pessoas que deverão passar pelo terminal, Lopes estima que pode chegar a aproximadamente 300 mil passageiros por ano após a reforma.  Atualmente são cerca de 100 mil. Enquanto o novo pátio do Aeroporto Coronel Altino Machado poderá abrigar até seis aviões de voos regulares estacionados, ou seja, o dobro da capacidade atual.

Lopes também lembra que o aeroporto possui todos os pré-requisitos e certificados exigidos pelos órgãos reguladores, como o de segurança aeroportuária. Ele também revela que os procedimentos adotados e os equipamentos utilizados no terminal de Governador Valadares, como os detectores de metais, são os mesmos de quaisquer outros aeroportos das grandes cidades brasileiras como Belo Horizonte e São Paulo.

O gerente de terminais disse ainda que, a princípio, quem deverá administrar o aeroporto será a própria prefeitura e que não existe uma grande necessidade do poder público municipal repassar esse trabalho para uma empresa privada. “O município tem capacidade de gerir o aeroporto de maneira eficiente, mesmo com menos recursos”, declara.

Mesmo assim, ele não elimina a possibilidade de uma possível privatização, já que a prefeitura pode acabar mudando de ideia quanto a seguir com a gestão ou até receber uma proposta que atenda seus interesses.

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