Economia

Obras em pontos críticos do Anel Rodoviário dependem de repasses do PAC

Secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira, detalhou as intervenções previstas para oito pontos críticos do Anel Rodoviário
Obras em pontos críticos do Anel Rodoviário dependem de repasses do PAC
Projeto executivo da primeira está pronto e licitação das obras aguarda apenas a autorização da União, segundo o secretário municipal de Obras e Infraestrutura | Crédito: Alessandro Carvalho

Os projetos para as obras que prometem eliminar os gargalos nas interseções do Anel Rodoviário com a Via Expressa e com a avenida Amazonas estão concluídos e orçados. Agora, a licitação para contratação depende do repasse de recursos do governo federal no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As informações são do secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira, que detalhou as intervenções previstas para oito pontos críticos do Anel Rodoviário nessa quinta-feira (19), na Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).

Anunciadas em agosto pelo prefeito Fuad Noman (PSD), as soluções propostas incluem a construção e alargamento de viadutos, alças viárias e melhorias dos acessos, detalhadas pelo secretário durante a reunião na CMBH. A proposta para a BR-040, na interseção com a Via Expressa, de acordo com ele, já tem o projeto pronto e a execução da obra será licitada após aprovação do governo federal, a assinatura do termo de compromisso e o repasse dos recursos. Caso todas as etapas aconteçam ainda neste mês, como esperado, as obras devem começar em março de 2024.

Para as outras propostas, a pasta ainda terá de contratar o projeto executivo. O gestor alegou restrições administrativas para comprar os projetos já prontos, mas concordou que a eventual possibilidade de seu aproveitamento certamente resultaria em ganho de tempo.  

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Segundo o secretário, Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) já apresentou um diagnóstico do Anel Rodoviário ao governo federal e se propôs a executar as obras necessárias, com o repasse de recursos por parte da União caso haja aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Dnit.

Os vereadores ressaltaram que é preciso aproveitar a boa relação com o governo federal para obter as aprovações e os recursos, e garantiram que a CMBH vai apoiar a PBH e trabalhar para que tudo dê certo. Todos os que participaram da reunião se mostraram otimistas e declararam acreditar que as intervenções serão feitas e os primeiros resultados alcançados em curto prazo.

“A hora é agora, não podemos mais perder tempo. Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”, reforçou o presidente da comissão, Braulio Lara (Novo), anunciando que promoverá novas reuniões para acompanhar de perto os andamentos e contribuir no que estiver ao alcance do Legislativo.

O presidente do colegiado ponderou que os critérios que levaram o Dnit a “dar bomba” em projetos de 2014, como a preservação de viadutos que não atendem os atuais padrões e parâmetros do órgão, podem causar a não aprovação dos novos projetos que preveem a construção de novas pistas ao lado das existentes, sem demolir a estrutura. O secretário Leandro César Pereira concordou que o risco existe, mas afirmou que a PBH espera que sejam aprovados, levando em consideração a necessidade e a oportunidade de solucionar os problemas.

Mesmo encarregado da elaboração e execução dos projetos, o município terá de observar os preceitos estabelecidos pelos órgãos federais. Ao ser questionado, o secretário afirmou que os estudos de impacto da Arena MRV sobre o trânsito no Anel foram sim considerados na elaboração das propostas.

Confira as oito obras propostas para eliminar os “estrangulamentos” no Anel Rodoviário

1- Pontilhão ferroviário bairro Betânia
2- Viaduto sobre a Av. Tereza Cristina
3- Viaduto sobre a Av. Amazonas
4- Viaduto da BR-040 sobre o Anel Rodoviário
5- Viaduto da Praça São Vicente
6- Viaduto sobre a Av. Pedro II
7- Viaduto sobre a Av. Presidente Antônio Carlos
8- Viaduto sobre a Av. Cristiano Machado

Comissão

Durante a reunião na Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços, Braulio Lara lembrou que as questões do Anel Rodoviário são pauta na CMBH há mais de cinco anos, por meio de debates, visitas técnicas, pedidos de informação, indicações e pedidos de atenção junto ao governo federal.

Diante do anúncio da obtenção de recursos federais para obras estruturais, o presidente da comissão julgou necessário entender melhor quais são esses projetos e acompanhar os andamentos concretos para a efetivação.

A luta conduzida por Irlan Melo (Patri) resultou na implantação da primeira área de escape, que já evitou dezenas de acidentes e representou um primeiro e importante passo para proporcionar mais segurança e tranquilidade para quem trafega na via.

Melo recapitulou os desafios e dificuldades enfrentados, decorrentes das limitações de competência e do descaso dos responsáveis. O vereador elogiou a PBH, mas cobrou efetividade: “O povo não está satisfeito apenas com conversa, queremos projetos, prazos, definições, assinatura de convênios”.

Os membros titulares da comissão, Wesley Moreira (PP), Fernando Luiz (PSD) e Miltinho CGE (PDT) reforçaram as palavras do presidente e parabenizaram o prefeito pela disposição de executar as obras aguardadas há décadas e, aproveitando a “janela de oportunidade” representada pelo PAC, buscar o alinhamento com o governo e os órgãos federais pertinentes para garantir o repasse dos recursos.

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