Obras do gasoduto Centro-Oeste da Gasmig devem começar no início de 2024

O licenciamento ambiental da linha tronco do projeto do gasoduto Centro-Oeste da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) foi aprovado pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) nesta semana. Com investimentos na casa dos R$ 780 milhões, as obras devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2024, preferencialmente, em janeiro.
O gasoduto vai ligar Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), até Divinópolis, no Centro-Oeste do Estado. É o maior projeto de expansão da companhia desde 2010, quando foram finalizadas as obras dos gasodutos Vale do Aço e Sul de Minas.
A implantação do projeto irá acontecer em etapas e a duração estimada é de até dois anos. Além de Betim e Divinópolis, o projeto vai atender à demanda por gás natural de mais seis municípios: Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme e Itaúna.
As cidades beneficiadas representam 10% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial de Minas Gerais e 7% do PIB total do Estado. “O gás natural é uma solução mais competitiva e favorece a transição energética”, frisa o presidente da Gasmig, Gilberto Valle.
A construção de aproximadamente 300 quilômetros de redes representa um acréscimo de mais de 20% da malha atual da companhia. Dessa forma, a população dos municípios diretamente impactados é de aproximadamente um milhão de habitantes, que correspondem a cerca de 5% da população de Minas Gerais.
A estimativa é que sejam gerados 1,3 mil postos de trabalho durante o pico das obras do gasoduto Centro-Oeste da Gasmig. O projeto tem potencial de geração de mais de 15 mil novos empregos, conforme metodologia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O início de fornecimento de gás natural para os primeiros municípios a serem atendidos no âmbito do projeto está previsto para o primeiro semestre de 2025. A Gasmig pretende atender prioritariamente o segmento industrial, provendo infraestrutura para o atendimento aos segmentos comercial, veicular e residencial.
O gasoduto foi dimensionado visando, ainda, permitir uma expansão futura do Sistema de Distribuição de Gás (SDGN) para o Triângulo Mineiro.
Retomada
De acordo com o executivo, com a concessão do licenciamento, a Gasmig retoma os grandes investimentos. A média de investimento da companhia nos últimos anos estava no patamar de R$ 50 milhões por ano e aumentou em 2023, chegando a R$ 300 milhões.
A previsão para o próximo ano é de totalizar R$ 500 milhões em investimentos, sendo R$ 260 milhões voltados para o gasoduto. Até 2027, a companhia pretende investir R$ 2,3 bilhões e mais R$ 2,9 bilhões até 2032, totalizando R$ 5,2 bilhões.
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