Obras na avenida Vilarinho serão realizadas em caráter de urgência

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) anunciou ontem que irá contratar projeto e obras emergenciais para resolver os problemas de inundações na avenida Vilarinho, na região de Venda Nova, inclusive com dispensa de licitação. Segundo o prefeito Alexandre Kalil (PHS), será publicado hoje um decreto emergencial criando grupo de trabalho que ficará à frente das ações.
O projeto das intervenções deve ser apresentado em até 30 dias. Já as obras devem ter início, no máximo, até julho de 2019. Com isso, espera-se que no ano que vem a região não registre mais problemas na época das chuvas. Inundações ocorridas na avenida Vilarinho, na última quinta-feira, após forte temporal, causou a morte de pelo menos três pessoas.
“Não é uma tarefa fácil, mas não vamos resolver de problema de morte e inundação com sirene. Nós vamos resolver com máquina e intervenção”, disse o prefeito. “Peço desculpa à população de BH porque foi demorado, mas vamos fazer intervenções urgentes, emergenciais na região”, completou. Por se tratar de decreto emergencial, pode haver dispensa da licitação. Também será publicado hoje, pela PBH, decreto declarando situação de emergência em áreas afetadas, o que pode acelerar as obras.
Os anúncios foram feitos um dia após a Defesa Civil de Belo Horizonte informar que está em análise, como medidas paliativas, a instalação de sirenes na avenida Vilarinho para alertar em caso de chuvas fortes. Outra medida seria a limitação do tráfego na região também em caso de temporais.
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Ainda não há definição sobre quais obras serão realizadas e o montante a ser investido. Mas, segundo o secretário municipal de Fazenda, Fuad Nomam, que presidirá o grupo de trabalho, será investido “o que for necessário” para resolver o problema de inundações na avenida Vilarinho. A intenção, segundo ele, é contratar empresa que faça o projeto e obra simultaneamente, “se possível”. Ele ressaltou a complexidade das intervenções, já que a região é altamente adensada.
Noman informou que a prefeitura tem verba própria e, se for preciso, poderá contar com financiamentos de instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Mundial.
Até que as obras sejam realizadas, terão continuidade ações da Coordenação Municipal de Defesa Civil; Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
Além do prefeito e do secretário de Fazenda, vão compor o grupo de trabalho o procurador-geral do município, Tomaz de Aquino Resende; o superintendente da Sudecap, Henrique de Castilho; o secretário municipal de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão; e o secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis.
Tragédia – Na última quinta-feira (dia 15), um forte temporal provocou inundação na avenida Vilarinho e região, causando a morte de pelo menos três pessoas. Entre as vítimas estão Cristina Pereira Matos, de 40 anos, e sua filha Sofia, de seis anos, encontradas dentro de um carro arrastado pela correnteza no cruzamento das avenidas Vilarinho e Cristiano Machado. A adolescente Anna Luísa Fernandes de Paiva, de 16 anos, também morreu após ser arrastada ao cair em um bueiro aberto quando desceu do carro na rua Doutor Álvaro Camargos, via que estava inundada.
Ontem, o Corpo de Bombeiros encontrou o corpo que pode ser de Jonnattan Reis Miranda, de 28 anos, que desapareceu durante a chuva após pular na enchente da avenida Vilarinho. Ele sofre de esquizofrenia. O cadáver foi achado próximo à rua Inhambus, no bairro Xodó Marize, na região Norte da Capital.
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