Economia

Obras do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte devem atrasar; entenda

Fontes ouvidas pelo Diário do Comércio apontam que intervenções podem começar somente no início de 2026; licenciamento ambiental ainda está sendo analisado pela Feam
Obras do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte devem atrasar; entenda
Crédito: Seinfra/Divulgação

O início das obras do Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte deverá atrasar em relação ao cronograma oficial. Segundo fontes ouvidas pelo Diário do Comércio, as intervenções devem começar somente no início do próximo ano, após a concessão do licenciamento ambiental – ainda em análise – pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).

Em nota, a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) manteve o cronograma oficial, com início das obras para o segundo semestre deste ano. O órgão afirmou que “as obras estão previstas para começar no segundo semestre de 2025, com conclusão estimada até 2028, conforme o cronograma contratual”.

As fontes ouvidas pelo Diário do Comércio apontam que a licença ambiental deverá ser concedida somente no meio do segundo semestre de 2025, ou seja, em meados de setembro. Como é necessário um prazo de três meses para a concessionária do Rodoanel Metropolitano se preparar para as obras, como montagem das estruturas, canteiro de obras e contratações, o provável é que os trabalhos sejam iniciados apenas nos primeiros meses de 2026.

A Seinfra declarou que a licença prévia, concedida em fevereiro pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), atesta a viabilidade ambiental do Rodoanel Metropolitano, mas ainda não autoriza o início das intervenções, que dependem da obtenção da licença de instalação. A expectativa da secretaria é que todo o trâmite ocorra dentro do prazo previsto no contrato de concessão do projeto de infraestrutura.

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Anteriormente, o governo estadual estimava que o início das obras do rodoanel seria em outubro deste ano e tentou que este momento fosse adiantado para o mês de junho, como declarou, em maio, o secretário da Seinfra, Pedro Bruno, durante evento na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas). O início da intervenção em infraestrutura não aconteceu e, agora, poderá ser, provavelmente, postergado por mais alguns meses.

A primeira fase de construção da rodovia, com as alças Oeste e Norte, tem aproximadamente 70 quilômetros (km) de extensão e passa por oito municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O investimento será de R$ 5 bilhões, sendo R$ 3,072 bilhões do acordo de reparação pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, e R$ 2 bilhões da concessionária.

Já as alças Sul e Sudoeste fazem parte da segunda fase de construção e farão o Rodoanel Metropolitano alcançar, ao todo, 100 km de extensão e 11 cidades da RMBH. Apesar de ter apenas 30 km de extensão, o custo estimado também é de R$ 5 bilhões, por causa de 5 km de túneis, que encarecem as obras.

O projeto prevê a primeira rodovia classe 0 do Estado, com viadutos e túneis, uma redução estimada entre 30 a 50 minutos no tempo da viagem e diminuição de aproximadamente 5 mil caminhões no fluxo da área urbana de Belo Horizonte.

Haverá um sistema de cobrança free-flow no pedágio, em que o motorista paga somente pelo trecho que utilizar, por meio de portais instalados ao longo da via, com sensores e câmeras de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), no lugar de praças de pedágio.

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