Economia

Oferta de insumos para indústria do plástico apresenta melhora

Oferta de insumos para indústria do plástico apresenta melhora
Empresas chegaram a paralisar a produção por falta de insumos | CRÉDITO: DIVULGAÇÃO

Após enfrentar um ano e meio de escassez e encarecimento de insumos, a indústria do plástico começa a entrar na “normalidade”. A informação é do Sindicato da Indústria do Material Plástico do Estado de Minas Gerais (Simplast-MG). De acordo com o vice-presidente da entidade, Alexsandro Alves Bandeira, o fornecimento de insumos foi retomado há pouco mais de três meses.

“Apenas a empresa Braskem é a empresa nacional da área petroquímica que fornece resinas plásticas como polietileno e polipropileno. No ano passado, passamos muita dificuldade com a falta de polipropileno, material responsável por fazer embalagem para alimentos, que chegou a desaparecer devido à grande procura por causa da Covid-19 com a entrega de alimentos por delivery”, explica.

Por falta de matéria-prima, muitas empresas não tiveram escolha e suspenderam as atividades até que a aquisição de insumos fosse normalizada.Alguns desses empresários tiveram que recorrer ao benefício da Lei 1.045/2021 do governo federal e mantiveram os funcionários em casa com empregos garantidos e os salários pagos pelos empregadores e o governo até que tudo voltasse ao normal. Ainda não estamos nesses patamares (pré-crise), mas as indústrias de pequeno, médio e grande portes estão em funcionamento”, acrescenta Bandeira.

Flexibilização impulsiona a demanda

O vice-presidente do Simplast-MG avalia que a flexibilização e a ampliação da vacinação impulsionaram a demanda no setor no Estado. Alexsandro Bandeira esclarece que reaqueceu a indústria, principalmente com a retomada gradual na entrega de insumos.

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“Alguns setores como embalagens de alimentos, álcool em gel não pararam durante a pandemia e continuam crescendo. Outros setores tiveram que diminuir a demanda devido à falta de matéria-prima. E agora, estamos colocando todas em um patamar de produção constante, de modo geral”.

Mesmo com a retomada gradual, Alexsandro Bandeira pontua que a indústria de plástico em Minas Gerais tem vários desafios a vencer. “A instabilidade dos preços dos insumos, a alta do dólar, o cenário de incerteza política e econômica do País. São algumas situações que teremos que enfrentar ainda este ano”.

O Simplast-MG prevê resultados positivos para 2021 tanto em produção quanto em faturamento, mas não estimam valores.

“Ainda não retomamos a produção que tínhamos antes da pandemia. Setores que também dependem do plástico como o setor automotivo, a indústria de bens duráveis, como de eletrodomésticos também estão passando por problemas por falta de algum tipo de matéria-prima, que de certa forma, acaba nos afetando. Fecharemos o ano no positivo, bem melhor do que no ano passado, mas não dá para estimar os valores”, reforça.

Quanto à recuperação para 2022, Alexsandro Bandeira é cauteloso. “Recuperação total da indústria do plástico ainda não sabemos dizer. O cenário econômico do País está incerto. Reforma tributária, que não saiu das questões políticas e econômicas. Ano que vem ainda temos eleição. Então, ainda é cedo para falar em recuperação total”, salienta.

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