Oficinas mecânicas registram demanda maior neste fim de ano

O setor de reparação automotiva de Minas Gerais estima crescer este ano entre 4% e 5%, embora ainda não tenha dados fechados para confirmar. Para o ano que vem, é preciso aguardar, mas a expectativa é de um desempenho ainda melhor, caso não ocorra nenhuma surpresa. A afirmação é do presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos do Estado de Minas Gerais (Sindirepa-MG), Alexandre Mol.
Um dos motivos para o crescimento é a alta procura pelos serviços de oficinas mecânicas em fins de ano. Nesta época, muitas pessoas optam por viajar, seja para aproveitar as férias de verão ou para festejar as datas do Natal e Ano Novo. Logo, costumam realizar revisões nos veículos para não ter problemas durante o trajeto. Além disso, por se tratar de um intervalo chuvoso, há uma maior probabilidade de colisões, o que eleva a demanda do setor.
Segundo Mol, nos últimos dois finais de ano, a busca por reparação automotiva não foi tão boa como normalmente é, isso porque a crise sanitária de Covid-19 fez com que o movimento de carros nas ruas diminuísse. Ele afirma que, especificamente em 2022, o ritmo do setor voltou a patamares de anos passados.
“As oficinas estão cheias. Com a época de chuva acontecem as colisões, e as estradas, principalmente as mineiras, infelizmente, são muito mal conservadas, o governo ainda não conseguiu resolver isso. Então, serviço não falta e a demanda está muito boa. Em 2020 e 2021, os finais de ano não foram tão bons em função da pandemia, porque pouca gente estava andando de carro. Neste ano já voltamos à normalidade de 2007, 2008, 2009 e daí por diante”, destaca.
De acordo com ele, o período costuma ser sempre aquecido pelo fato de algumas pessoas não realizarem manutenções programadas. “Infelizmente, a maioria dos brasileiros tem a cultura de fazer a revisão quando encontra algum erro, mas a revisão tem que ser feita dentro da programação da manutenção do veículo. O carro tem que estar sempre pronto para viajar”, salienta.
O gerente de pós-venda da Banzai Honda, Rogério Pedrosa, explica que o ideal é que os donos dos veículos mantenham o plano de manutenção recomendado pelas montadoras em dia. Ressalta, no entanto, que mesmo com a boa prática, é necessário fazer algumas conferências caso optem por viajar.
“Algumas coisas são básicas e o próprio motorista pode fazer, como conferir a calibragem dos pneus, as luzes, e os níveis de água do radiador e do lavador de para-brisa. Também é preciso conferir o estepe, se o macaco e o triângulo estão no lugar, o cinto de segurança e o ar condicionado. Tem que olhar o estado dos pneus para ver se é preciso trocá-los e assim já fazer o balanceamento e o alinhamento, e ainda analisar se tem alguma fumaça ou pingamento de óleo, caso tenha, tem que levar o veículo para fazer uma manutenção corretiva”, diz.
Segundo Pedrosa, para atrair os donos de automóveis e, principalmente, não perdê-los, a Banzai entende que é muito importante apresentar um bom pós-venda. Para isso, foca em ter uma oficina com serviços ágeis e de qualidade, com preço justo e transparência. Embora afirme que cada associado tem sua própria estratégia, o presidente do Sindirepa-MG segue a mesma linha de pensamento. “A finalização do cliente é com a qualidade do serviço. Ele é fiel àquela empresa que respeita, que tem transparência e que tem um preço justo, ou seja, que é realmente a oficina de confiança”, afirma.
De acordo com o gerente de pós-venda, a concessionária, que conta hoje com duas unidades em Belo Horizonte, tem apresentado bons números neste fim de ano. Segundo ele, em novembro deste ano, na comparação com o mesmo período do exercício anterior, a unidade da Contorno apresentou crescimento de 10% em mão de obra e 15% em venda de peças. Já na unidade da Pampulha, as altas foram de 7% e 13%, respectivamente.
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