Economia

ONS estima aumento de 0,5% na carga de energia no País em março

ONS estima aumento de 0,5% na carga de energia no País em março
Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino

As previsões do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para o Sistema Interligado Nacional (SIN), no mês de março, apontam um aumento da carga de energia em 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2021. O boletim do Programa de Mensal de Operação (PMO), da semana que vai de 26 de fevereiro a 4 de março, indica que o volume atingirá 73.123 MW médios. O desempenho da carga ao longo dos primeiros meses do ano tem refletido a desaceleração da demanda na indústria.

O subsistema Nordeste sinaliza o crescimento mais expressivo entre as regiões com 3,8% e 11.839 MW médios. Seguido do Sul e do Norte, que apresentam percentuais iguais de avanço, em 1,8%, correspondendo, respectivamente, a 13.247 MW médios e 5.942 MW médios. O Sudeste/Centro-Oeste registra decréscimo de 0,9%, com o montante de 42.095 MW médios.

Em relação às afluências, ou seja, a água da chuva que está acumulada nos reservatórios, devem permanecer acima da Média de Longo Termo (MLT) em duas regiões em março. A incidência de chuvas indica que o Nordeste chegará a 124% da MLT e o Norte, a 114% da MLT. Os índices, no Sudeste/Centro-Oeste, ficarão em 79% da MLT. Com a recuperação dos reservatórios nas demais regiões, o ONS foi autorizado a aumentar a transferência de energia para o Sul, visando manter o equilíbrio do subsistema, que deverá registar 37% da MLT no período.

O documento informa, ainda que em 31 de março, o armazenamento de água dos reservatórios das hidrelétricas para o fim de março indica volumes em 93,5%, no subsistema Nordeste; 79,8%, no Norte; e 66,1%, no Sudeste/Centro-Oeste. Os reservatórios do Sul têm estimativa de 30,4% de estoque de recursos.

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Para a próxima semana operativa, o Custo Marginal de Operação (CMO), nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, ficará desigualado, com queda de R$ 11,59/MWh para R$ 10,71/MWh, ou seja, redução de 7,59%, no Sul; e vai de R$ 11,59 para R$ 10,03/MWh, uma desaceleração de 13,46%, no Sudeste/Centro-Oeste. Com elevados excedentes energéticos, as regiões Norte e Nordeste permanecem com o CMO zerado pela sexta semana consecutiva.

Transferência – Em reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) na quinta-feira (24), o ONS teve aprovadas as recomendações feitas com o objetivo de aumentar o gerenciamento e a preservação dos reservatórios do subsistema Sul. Entre as medidas estão a maximização do intercâmbio de energia, manutenção do acionamento de termelétricas fora da ordem de mérito (priorizando as de menor custo) e a importação de energia de países vizinhos. As ações visam garantir melhores condições de suprimento energético do SIN. A nova decisão do colegiado entra em vigor a partir deste sábado (26).

O ONS foi autorizado a manter o despacho térmico fora da ordem de mérito nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, caso necessário, e a importar energia da Argentina ou do Uruguai.

As termelétricas despachadas pelo Operador tiveram seus limites reduzidos para até 8.000 MW médios, já acrescidos dos montantes porventura importados, ao invés dos 10.000 MW médios definidos na reunião anterior. O Custo Variável Unitário (CVU) passou a ser de até R$ 375,66/MWh, contra os R$ 600/MWh anteriormente estipulados.

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