Economia

ONS estima aporte de R$ 7,3 bilhões para energia de Minas Gerais

Previsão desse montante é até 2028; maioria irá para linhas de transmissão
ONS estima aporte de R$ 7,3 bilhões para energia de Minas Gerais
Operador Nacional do Sistema Elétrico diz que maior parte será feita em linhas de transmissão | Crédito: Adobe Stock

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê investimentos de R$ 7,3 bilhões no setor de energia de Minas Gerais até 2028. O montante está detalhado no estudo Sumário Executivo do Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN) – PAR/PEL para os próximos cinco anos. A maior parte é destinada para linhas de transmissão e na ampliação do fornecimento de energia.

Ao todo, são estimados investimentos de R$ 49 bilhões no setor de energia em todo o Brasil. O investimento previsto para Minas Gerais equivale ainda ao terceiro maior aporte futuro entre as unidades federativas, atrás apenas Maranhão (R$ 9,9 bilhões) e Goiás (R$ 8,5 bilhões). Já se considerada a somatória dos três estados mais Piauí (R$ 4,7 bilhões) e Bahia (R$ 4,6 bilhões), a concentração é equivalente a 71% dos investimentos totais previstos para o País.

Para linhões em Minas Gerais, o ONS indica investimentos de R$ 5,7 bilhões. Não são sugeridos investimentos superiores a mais de R$ 1 bilhão para nenhum outro equipamento. Apenas R$ 620 milhões são indicados para obras novas, enquanto R$ 6,75 bilhões para obras sem outorga, mesmos valores, respectivamente, para reforço da rede de transmissão de energia e ampliação.

O PAR/PEL tem como objetivo avaliar o desempenho do SIN no horizonte de cinco anos, para que a operação futura seja realizada com níveis adequados de segurança e dentro dos critérios de confiabilidade estabelecidos nos procedimentos de rede.

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O plano de operação tem periodicidade anual e está sujeito a atualizações sempre que ocorram fatos relevantes. O documento contém ainda as indicações de medidas operacionais a serem adotadas, assim como as obras de ampliações, reforços, melhorias e seus respectivos cronogramas. Do total a ser investido no território nacional, R$ 44,1 bilhões são referentes a obras de projetos de ciclos anteriores que estão sem outorga.

No atual ciclo, o ONS apresentou dois temas sobre os Desafios da Operação das Fontes Renováveis Variáveis e a Importância da Transmissão no Brasil. São questões com o atendimento às rampas de carga comuns na transição entre os períodos diurno e noturno, com os momentos em que é preciso superar rampas de até 25 gigawatts (GW). Esses valores devem chegar a 50 GW em 2028.

O documento expressa que são desafios relacionados com as inflexibilidades de geração e estratégias para ampliação da transmissão. O setor elétrico com esse precisa de flexibilidade suficiente que permita que a operação mantenha o controle do balanço carga/geração e otimize a capacidade do sistema de transmissão.

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